terça-feira, 28 de julho de 2015

ESTUDO SOBRE O DIVÓRCIO, O RECASAMENTO E A BÍBLIA SAGRADA

Neste estudo, temos como objetivo elucidar e mostrar os textos bíblicos que nos ensinam de modo correto a termos uma melhor compreensão sobre estes importantes assuntos, com os quais convivemos na sociedade humana atual.
Vamos abordar e ter a visão bíblica como um todo em seus sábios ensinos, e não olhando apenas textos isolados.

1-O TEMPO DE DURAÇÃO DO CASAMENTO NA BÍBLIA
Deve ser enquanto o seu cônjuge viver, até que venha a morte física que o separe.
A Bíblia diz em Romanos 7:2
"Enquanto ele viver; mas, se ele morrer, ela está livre da lei do marido.”

2-O SENHOR JESUS CRISTO RECONHECE SOMENTE UMA RAZÃO VÁLIDA PARA O DIVÓRCIO
A prática da infidelidade pelo adultério, envolvendo também a prostituição e toda sorte de relações sexuais ilícitas e pervertidas, contrárias à Palavra de Deus.
A Bíblia diz em Mateus 5:32 “Eu, porém, vos digo que todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por causa de infidelidade, a faz adúltera; e quem casar com a repudiada, comete adultério.”

3-DEUS NÃO QUER O DIVÓRCIO, NÃO É A SUA VONTADE ORIGINAL
Não agrada a Deus que as pessoas se divorciem, quando no casal existiu fidelidade.
A Bíblia diz em Malaquias 2:14-16
“Todavia perguntais: Por que? Porque o Senhor tem sido testemunha entre ti e a mulher da tua mocidade, para com a qual procedeste deslealmente sendo ela a tua companheira e a mulher da tua aliança. E não fez ele somente um, ainda que lhe sobejava espírito? E por que somente um? Não é que buscava descendência piedosa? Portanto guardai-vos em vosso espírito, e que ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocidade. Pois eu detesto o divórcio, diz o Senhor Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido; portanto cuidai de vós mesmos, diz o Senhor dos exércitos; e não sejais infiéis.”
Por que então, o Divórcio existe?
A Bíblia nos responde de modo claro a razão da existência do Divórcio.
"Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez,
E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.
(Mateus 19:3-8).
A dureza de coração, ou a falta do amor ao próximo faz com que haja o Divórcio entre o homem e a mulher.

4-QUANDO HOUVER PECADO DO CÔNJUGE DEVE TAMBÉM HAVER PERDÃO, E SE HÁ PERDÃO, HÁ RESTAURAÇÃO DO CASAMENTO
A Bíblia diz em Mateus 6:12
"Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores."
Isto nos mostra que só seremos perdoados por Deus, se nós perdoarmos também.
E diz ainda mais as Sagradas Escrituras em Mateus 18: 21,22 e 35
"Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?
Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Assim vos tratará meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar a seu irmão, de todo seu coração."
A acusação do pecado cometido vem na consciência do pecador por obra do inimigo de Deus, e traz com ela a culpa. As pessoas são atacadas pelo fardo da acusação e da culpa, e se sentem indignas de obter o perdão de Deus e da pessoa a qual ofendeu.
Mas nem tudo está perdido quando há um sincero arrependimento, isto é, a metanóia, a mudança de modo de pensar pecaminoso, a mudança de rumo na vida, e quando pede a ajuda de Deus, e submete a sua vontade à vontade do Deus que é Justo, o nosso Juiz e também, neste tempo presente da Sua graça, o nosso Advogado.
A Bíblia nos afirma:
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo."(1 João 2:1,2).

5-SE UM DOS ESPOSOS SE DIVORCIAR POR OUTRA RAZÃO ALÉM DE ADULTÉRIO, DEVE PERMANECER SOLTEIRO
A Bíblia nos afirma: "Mando, não eu mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido; se, porém, se apartar, que fique sem casar, ou se reconcilie com o marido; e que o marido não deixe a mulher.” (1Coríntios 7:10)

6-QUEM ESTÁ CASADO COM DESCRENTE DEVE PERMANECER CASADO
O fato de estar casado com uma pessoa que não crê em Deus não é razão suficiente para se divorciar. A Bíblia diz em 1 Coríntios 7:12-14:
“Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher incrédula, e ela consente em habitar com ele, não se separe dela.
E se alguma mulher tem marido incrédulo, e ele consente em habitar com ela, não se separe dele. Porque o marido incrédulo é santificado pela mulher, e a mulher incrédula é santificada pelo marido crente; de outro modo, os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.”

7-O PERDÃO DE DEUS SÓ PODE HAVER SE HOUVER VERDADEIRO ARREPENDIMENTO
Seja qual foi o motivo do divórcio, devemos nos lembrar que Deus odeia o pecado e não o pecador.
A questão do Divórcio e Novo Casamento está explícita em Mateus 5:32: 19:6.9.
Há somente uma razão bíblica para o divórcio, que é a imoralidade ou o adultério.
O casamento é para toda a vida. É o plano original de Deus. É uma união completa (Gênesis 2:24). Foi confirmado pelo Senhor Jesus Cristo e é indissolúvel (Mateus 19:6), conforme a vontade original do SENHOR Deus.
O divórcio foi instituído para proteger a mulher a qual era a repudiada, e não o homem, pois naquela época a sociedade era patriarcal (Deuteronômio 24:1-4; Malaquias 19:3-9).
Em tempos muito antigos, e até hoje em países islamistas o adultério era e ainda é punido com a morte (Levítico 20:10).
A quebra de votos matrimoniais pode ser por outras causas, além de adultério, como por exemplo: uso de violência, bebidas alcoólicas, etc. Sendo impossível conviver com o cônjuge, e quando a parte chamada “inocente” realmente assim o for, não há nenhuma orientação bíblica que proíba a separação. Falta de amor no lar quebra o princípio da unidade que deve existir entre o casal (Efésios 5:22-31).
Nestes casos, se houver a separação, não existe autorização bíblica para a parte “inocente” contrair novas núpcias.
O Senhor Jesus Cristo foi bem claro: novo casamento, somente em caso de adultério, e a palavra grega “PORNEIA” aqui e em qualquer parte do Novo Testamento se refere direta e exclusivamente a relações sexuais ilícitas.
Em situações onde outras possíveis causas provoquem a separação (incompatibilidade de gênio, por exemplo), não existe autorização bíblica para novo casamento; reconciliação é o caminho a seguir, pois o amor jamais acaba (1 Coríntios13).

8-HÁ PERDÃO DE DEUS PARA TODO O TIPO DE PECADO DESDE QUE HAJA O ARREPENDIMENTO SINCERO
O perdão anula a condenação. Não há como apresentar argumento contrário sobre essa máxima, e, contrariar isso é ensinar contra a verdade da Palavra do nosso Deus. Todo aquele que se arrepende é perdoado. Adultério é pecado passível de perdão.
O apóstolo Paulo em 1 Coríntios 6: 9-11, diz:
"Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?
Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.
E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus. "
O único pecado que não há perdão é a blasfêmia contra o Espírito Santo, ou seja, ser contra o agir do Espírito de Deus na sua vida para que não se quebrante e tenha arrependimento sincero.
“Na verdade eu vos digo: tudo será perdoado aos filhos dos homens, os pecados e todas as blasfêmias que tiverem proferido. Aquele, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, jamais será perdoado: é culpado de pecado eterno. Isso porque eles diziam: Ele está possuído por um espírito impuro”. (Marcos 3: 28-30).
“Se alguém vir pecar seu irmão, pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore”. (1 João 5:16)
O “pecado para a morte” é proposital, deliberado, contínuo e que não expressa arrependimento. Deus, em Sua graça, permite que Seus filhos pequem sem puni-los imediatamente.
No entanto, chega um ponto que Deus não mais vai permitir que um Cristão continue em pecado sem se arrepender. Quando se chega a esse ponto, Deus às vezes decide punir o Cristão, até mesmo ao ponto de tirar sua vida.

9-A SALVAÇÃO DO CASAMENTO VEM SOMENTE PELA GRAÇA DE DEUS
"Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram; testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?" (Hebreus 2:3-4).
A graça de Deus ajuda ao casal a permanecer casado, mesmo passando por problemas de desajustes.
Em um casamento, quando ocorre um desajuste conjugal, a responsabilidade espiritual e social pelo problema é de ambos os cônjuges, mesmo que aparentemente a situação aponte para um único responsável.
Isso porque ocorre o que pode ser chamado de acordo inconsciente entre os dois no casamento, isto é, um problema que aparentemente é de apenas um dos cônjuges, é, em geral, compartilhado ou até mesmo aceito pelo outro.
Assim, uma pessoa ao se casar ou manter-se casada o faz pelas virtudes do parceiro ou da própria união. Porém, com as virtudes, aparecem as diferenças e até mesmo os problemas.
Questões espirituais e socioculturais também são muito importantes na manutenção de casamentos muito desajustados, principalmente em culturas e classes sociais em que a mulher (ou o homem) tem uma educação firmada em relação ao casamento, mesmo tendo uma vida pessoal própria, independente, mesmo profissionalmente, o casamento e a maternidade são vistos como meio de vida, muitas vezes por necessidade e como opção.
Além disso, muitos casamentos mantêm-se pela extrema dependência afetiva dos cônjuges um do outro, que faz com que desajustes intensos no casamento sejam tolerados, de modo que a tristeza pela perda do casamento seja intensa ou até insuportável, não permitindo uma separação mesmo que os problemas conjugais sejam vários.

10-A EXISTÊNCIA DO ADULTÉRIO NÃO FÍSICO NO CORAÇÃO HUMANO ATRAVÉS DOS OLHOS DA MALDADE E DA COBIÇA 
Conforme Mateus 5: 27 e 28, que diz:
"Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério.
Eu, porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela. "
Mesmo sem cometer a prática da conjunção carnal, só o fato do homem ou da mulher olharem com cobiça e luxúria em seus corações já cometeram o adultério. Observando a profundidade deste ensino, pelo nosso olhar as coisas do mundo, filmes, novelas, internet, revistas, etc, somos levados pela cobiça da carne a também cometermos o pecado do adultério.
A Bíblia nos declara:
"Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus." (Tiago 4:4).
Mas se você errou, arrependa-se agora. Deus lhe ama tanto que está de braços abertos esperando você para lhe conceder o perdão.
O pecado se manifesta dentro do coração humano, pois a Bíblia nos afirma:
"Porque do coração é que procedem os maus intentos, homicídios, adultérios, imoralidades, roubos, falsos testemunhos, calúnias, blasfêmias."
(Mateus 15:19).

11-A IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DO PERDÃO
O Perdão é absolvição, remissão da pena. Todo ser humano carece do perdão divino, pois todos pecamos e destituídos estamos da glória de Deus (Romanos 3:23).
“…pois todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Romanos 3:23)
Mas Deus está esperando e está pronto a perdoar a qualquer que peça perdão. A Bíblia diz em Salmos 86:5 “Porque tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.”
Em que se baseou Davi a sua esperança de perdão? A Bíblia diz em Salmos 51:1 “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias”.
Quão grande é a misericórdia de Deus?
A Bíblia diz em Salmos 103:11-12 “Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua benignidade para com os que o temem. Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões.”
Que promete Deus aos que confessam os seus pecados?
A Bíblia diz em 1 João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
E é totalmente apropriado que Deus nos perdoe os pecados porque o Senhor Jesus Cristo morreu para redimir os nossos pecados.
Posso ser perdoado se estou ofendido com alguém?
A Bíblia diz em Mateus 6:14-15 “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas.”
Os que são perdoados perdoam a outros.
A Bíblia diz em Efésios 4:32 “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”
O perdão genuíno não se lembra das ofensas. A Bíblia diz em Mateus 18:21-22:
 “Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete.”
Quando recebemos o perdão não devemos continuar nos sentindo culpados.
A Bíblia diz em Salmos 32:5
“Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado.”
Através do perdão, o Senhor Jesus Cristo provê salvação completa da penalidade do pecado.
Dizem as Escrituras:
“E a vós, quando estáveis mortos nos vossos delitos e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-nos todos os delitos; e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz”.(Colossenses 2:13-14).
Se você está precisando perdão, que deve fazer?
Primeiro, reconhecer o seu pecado.
 “Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado. Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.”Salmos 51:2-4.
Segundo, pedir que o seu pecado seja perdoado. Deus diz que pode começar uma vida nova.
“Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que se regozijem os ossos que esmagaste. Esconde o teu rosto dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniquidades. Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável. Não me lances fora da tua presença, e não retire de mim o teu santo Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.” (Salmos 51:7-12).
Terceiro, acreditar que Deus lhe perdoou e parar de se sentir culpado.
“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui a iniquidade, e em cujo espírito não há dolo. Enquanto guardei silêncio, consumiram-se os meus ossos pelo meu bramido durante o dia todo. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não encobri. Disse eu: Confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a culpa do meu pecado. Pelo que todo aquele é piedoso ore a ti, a tempo de te poder achar; no trasbordar de muitas águas, estas e ele não chegarão.” (Salmos 32:1-6).
Vá a Deus do jeito que está; Ele está desejoso em dar-lhe o perdão e proporcionar muita paz em seu coração.
A recomendação de Deus é: "E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais." (João 8:11).

12-A NECESSIDADE DE PERSEVERAR NO CASAMENTO E AS TERRÍVEIS CONSEQUÊNCIAS DO DIVÓRCIO
Lute pelo seu casamento, perdoe sempre e mantenha-se casado. A Bíblia nos ensina que o amor de Deus em nós trás a restauração em tudo. Mesmo passando por inúmeros sofrimentos, decepções, dores e conflitos, é necessário perseverarmos na fé, pois só assim, teremos a nossa vitória, com a operação sobrenatural do milagre de Deus.
"O ódio provoca contendas, mas o amor cobre todas as transgressões."
(Provérbios 10:12).
O Divórcio terá consequências sérias em cinco áreas específicas da sua vida: a área espiritual, a econômica e financeira, a área social, a do seu relacionamento com as pessoas e saúde física, a da criação e educação dos seus filhos e da área psicológica.
Haverá um impacto psicológico em você e em seus filhos. Mas acima de tudo o impacto na sua vida espiritual com a dos seus filhos.
Quem já foi divorciado, ou recasado, já passou por esses dissabores, e agora trazem em suas histórias de vida, as consequências dos seus pecados.
A Bíblia nos ensina:
"Antes de tudo, exercei profundo amor fraternal uns para com os outros, porquanto o amor cobre uma multidão de pecados." (1Pedro 4:8).
Por isso, quando o Espírito Santo afirma em 1 João 1:9 que ao confessarmos nossos erros somos purificados “de toda a injustiça”, quer nos ensinar que Deus nos dá o perdão para todo tipo de pecado!
Se você já está recasado, e não houve como voltar ao seu cônjuge, por razões que não foram causadas por você mesmo, para a reconstrução do seu casamento, peça perdão a Deus, agora assuma definitivamente esta sua realidade civil, com sua nova família, no atual contexto de sua vida. Viva dignamente, de cabeça erguida, pois, “as coisas antigas já passaram” (2 Coríntios 5:17) porque o Senhor Jesus Cristo só dá esse direito a qualquer pessoa que se arrepende com sinceridade e tem fé nEle (1 João 2:1).
Volte para os braços do Pai. Ele nunca o abandonou e, por isso, fez com que escrevesse para que tivesse a certeza do amor dEle por você e soubesse que Ele o espera com saudades de Pai e com o amor de mãe: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti.” (Isaías 49:15).
Sinta-se perdoado pelo sacrifício que o Senhor Jesus Cristo fez por você e venha a Ele do jeito que está, pois o Senhor mesmo disse: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.” (João 6:37).
Não deixe a sua consciência pecaminosa o machucar. Confronte-a com 1João 3:19, 20 e creia mais na Bíblia que garante o seu perdão do que em seus próprios sentimentos.
“E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranquilizaremos o nosso coração; pois,se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas.”
Agora o seu testemunho de uma nova vida com Deus é o que vai falar mais alto, pois as suas obras vão revelar o seu caráter e a sua fé.
Com Deus há verdadeiro perdão para aquele que crê no Senhor Jesus Cristo.
A Bíblia nos afirma: “Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,” Apocalipse 1:5.
No Senhor Jesus Cristo há plena justificação. A justificação significa que O SENHOR nos torna novamente inculpáveis, pois Ele vive e ressuscitou dos mortos. A Bíblia nos declara:
 “Seja–vos notório varões irmãos, que por este se vos anuncia a remissão dos pecados... E de tudo o que, pela lei de Moisés, não pudestes ser justificados, por ele é justificado todo aquele que crê,” Atos 13: 38-39.
Creia somente no SENHOR que levou todos os nossos pecados em seu corpo e morreu na cruz  porque Ele nos amou primeiro.
"Levando Ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados."1 Pedro 2:24.
O que já se passou, ficou para trás. O que é necessário fazer é não repetir os mesmos erros do passado, e assumir de verdade um compromisso com Deus e com o seu novo relacionamento, que só poderá existir, pelo verdadeiro arrependimento e pela graça do perdão de Deus.
Os homens perdidos se comportam da maneira dissoluta que eles fazem porque são "filhos da desobediência." Algumas almas perdidas podem apontar o dedo acusatório para o povo de Deus em uma tentativa de desculpar-se ou de defender o próprio mau comportamento deles.
No entanto, o perdido desobedecerá e se rebelará contra Deus não importa o que o povo de Deus faça.
A pessoa perdida preferiria muito mais não conhecer o que Deus diz, porque "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." (1Coríntios 2:14).
A Confissão de Westminster de 1646, Matthew Henry (1662-1714), Matthew Poole (1700's) e incontáveis outros piedosos expositores dos últimos 300 anos, todos têm entendido a frase do Senhoe Jesus Cristo em Mateus 19:9 como um fundamento para um divórcio justo. Matthew Henry e Matthew Poole também criam que 1 Corintios 7:15 concedia outra causa justa.
"Nenhum divórcio, jamais" não é a posição histórica.
É impróprio alegar que a exceção dada pelo SENHOR em Mateus 19:9: "qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação", é "um novo ensinamento", a acusação é que isto é recente adulteração feito pelo HOMEM à Bíblia, é responsável pela a maré de divórcios em nossos dias. Provavelmente, o surto de divórcios em nossa cultura resulta das revoluções das drogas, do sexo, e da pornografia dos anos 60 e 70.
Acautelai-vos contra o tentação de estabelecer padrões como uma reação contra o mundo. Nós temos que fundamentar a nossa posição na Palavra de Deus, não importa onde esteja a posição do mundo, para que nós não entremos em um pantanal interpretativo que consistirá em interpretarmos as Escrituras à luz do comportamento dos perdidos.

13-O VIVER EM AMOR A DEUS E AO PRÓXIMO
Assim, temos o verdadeiro teste da prática do nosso cristianismo, se temos vivido e praticamos diariamente o amor a Deus e ao nosso próximo. Quem ama não acusa, não aponta com os dedos as falhas cometidas pelos outros, não fala mal do próximo, não humilha, não julga, nem fica remoendo os erros do passado do próximo. Quem ama tem compaixão, e sente a dor do próximo, pois se coloca no lugar daquele que está em sofrimento, precisando de uma ajuda urgente. Só poderemos ser reconhecidos como verdadeiros discípulos do SENHOR se praticarmos o amor.
O AMOR, não é apenas um sentimento, mas uma ação, uma prática, uma decisão que cada um de nós deve tomar para a prática diária.
Assim nos diz O SENHOR:
"Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.
Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." (João 13:34,35).
Tem sido bem dito que um verdadeiro teste de nossa salvação é como nós respondemos àqueles que discordam de nós.O SENHOR Deus através do Apóstolo Pedro nos afirma:
Estejam “sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós”(1 Pedro 3:15).
Esta é uma ordem expressa de Deus através do Apóstolo Pedro para os cristãos da Ásia do primeiro século, mas também para nós, nos dias de hoje. Será que para isso é necessário muito conhecimento e disposição para discutir com qualquer pessoa sobre qualquer assunto relacionado com a fé? Observe que Tiago desestimula a ambição ardente de sermos mestres (Tiago 3:1). Examinemos o contexto deste mandamento para vermos que podemos obedecê-lo.
A ordem para estarmos prontos para responder acha-se numa carta escrita a cristãos diferentes do que tinham sido no passado e diferentes dos que os cercavam. Os seus antigos e atuais amigos estranhavam que eles não participassem com eles do pecado (1 Pedro 4:4). Eram desprezados (1 Pedro 3:16), rejeitados (1 Pedro 4:14) e acusados de fazer o mal (1 Pedro 2:12). Esse é o plano de Deus para os que lhe pertencem, para manifestar as excelências dele nas trevas do mundo (1 Pedro 2:9).
Hoje nada é diferente. O tipo de pergunta que geralmente surge é: “Por que você não quer sair com a gente como antes?”, “Você não diz mais palavrão?”, “Você ficou religioso ou qualquer coisa assim?”. Essas não são as perguntas teológicas complexas que imaginaríamos lendo 1 Pedro 3:15 fora de contexto.
“Estar preparado” implica prever as perguntas e estar afiado para responder.
Sabemos que a vida de casado não é somente felicidade. Não existe um casamento plenamente feliz e perfeito. A Palavra de Deus nos afirma que neste mundo teremos aflições (João 16:33), e os que quiseram viver fielmente no Evangelho de Cristo, padecerão, ou sofrerão perseguições ( 2Timóteo 3:12).
O casamento envolve o relacionamento social, emocional, espiritual, físico e material entre duas pessoas completamente diferentes. São duas pessoas diferentes que decidem se tornar uma.
Obviamente, as partes tem que ceder por amor a outra. De qualquer forma, quando existe traição apresenta-se o sofrimento, quando existe desprezo está presente o sofrimento, quando impera o desrespeito, são abertas as portas para o sofrimento, quando há separação impera o sofrimento.
Neste caso, destruição da família. As maiores vítimas são os filhos. O principal alvo nos dias de hoje do opositor (demônio) é destruição da família.
Homem seja (homem) assuma sua cruz, Mulher seja (mulher) assuma sua cruz. A cruz representa renúncia, dor, sofrimento e morte.
Se estão com problemas, é preciso nascer de novo em Cristo. O certo é que uma vez casados, é melhor permanecer casados.Caso contrário conviverão o resto da vida no sofrimento para tristeza do Senhor Jesus e alegria do inimigo que já foi derrotado, mas que tenta nos derrotar diariamente.
Entendo que Jesus adverte que o divórcio só é permitido se houver imoralidade sexual de um dos cônjuges mais não nos dá o direito de nos casarmos novamente só por este motivo, e não pelo verdadeiro amor a Deus e à vida em comunhão com Deus (se assim for, os que se casarem para retribuir o pecado no seu cônjuge serão também adúlteros).
Se houver divórcio por esse motivo, que fiquem só ambos os cônjuges (entendam que o ficar só é amor e graça de Deus). Estamos sim no tempo da graça, graça para recebermos perdão e para também perdoarmos. Casamento é algo tão sobrenatural, ligação de almas que só é desfeita com a morte de um dos cônjuges.
A Bíblia é bem clara que o homem está ligado à sua mulher enquanto ela viver, e assim, ela ao seu marido. Ninguém está livre para se casar, se o seu cônjuge está vivo.
O casamento e indissolúvel, só a morte separa os cristãos. Que confusão seria se o homem pudesse se casar pela segunda vez, então e poderia se casar novamente várias vezes se assim o quisesse.
Biblicamente Falando: Em Mateus 5:31,32, o Senhor Jesus disse quem se divorciar de sua esposa e casar com outra a não ser por motivo de adultério comete adultério.
A pessoa só pode se casar novamente se for verdadeiramente traída ou se o seu cônjuge morrer.
Se o casamento por algum outro motivo acabou vindo o divórcio, e um novo casamento aconteceu, a pessoa cometeu adultério (não viver em adultério), se verdadeiramente se arrependeu do pecado que já cometeu.
É necessário reconhecer que só existe perdão no Senhor Jesus Cristo, e precisamos deixar o pecado.
Deus se preocupa conosco mesmo antes do divórcio acontecer, e depois que já aconteceu o pecado, Deus somente nos perdoará através do sincero arrependimento e pedido de perdão ao Senhor, e o começo de uma nova vida no Senhor Jesus Cristo como uma nova pessoa.
Deus conhece nossos corações, e quem nunca pecou que atire a primeira pedra, a mulher pecadora foi perdoada pelo Senhor e alcançou a graça de Deus.
Agora escrevo algo para nos fazer pensar. Muitos defendem a ideia de que a pessoa não poderá se casar novamente se o primeiro cônjuge ainda estiver vivo, pois estaria cometendo adultério continuado com o segundo, e portanto pecando e vivendo na prática do pecado do adultério contínuo.
Pare e reflita: há perdão para quem assassina alguém?
Certamente, a maioria dirá que sim. Aí, há uma questão muito séria e interessante para os que são inflexíveis com relação a esse assunto, isso por não terem vivido situações como viveram os que hoje estão com um segundo casamento.
A pergunta é: Se a pessoa matar ou mandar matar o primeiro cônjuge? Seria válido este ato para assim ficar viúvo (a)?
Haveria perdão de Deus para uma pessoa que é assina?
Cometendo somente um assassinato, ou seja, não vivendo na prática dele, receberia o perdão?
Estando o primeiro cônjuge morto, a pessoa não estaria mais em pecado contínuo de adultério.
Não seria esta uma solução? Claro que não pois isso não seria legal também.
Portanto, não se deve julgar ninguém pois somos falhos pecadores, e todos carecemos do perdão e da graça de Deus, mas lembremo-nos que cada um dará conta de si mesmo a Deus.
A Palavra de Deus nos declara:
"Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará." (Hebreus 13:4).
O juízo correto e verdadeiro não compete a nós mas sim ao supremo e justo Juiz dos vivos e dos mortos, que o é o Rei da Glória, o Senhor Jesus Cristo.
A Bíblia nos afirma, através do testemunho do Apóstolo Pedro:
"E foi Ele mesmo que nos mandou pregar a todas as pessoas e testemunhar que foi a Ele que Deus constituiu Juiz dos vivos e dos mortos." (Atos 10:42).
A Bíblia nos declara em Apocalipse 20:11,12, que o Senhor Jesus Cristo está assentado no trono da Sua Glória.
Todos diante desse trono encararão Deus (v. 12). A Sua presença é terrível (v. 11, “de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.”). O Substituto e Salvador dos pecadores arrependidos (1Pe. 3.18; 2Co. 5.21); O Evangelho pregado pelos apóstolos (1Co. 15.1-8; At. 26.20); O Fundador e Cabeça das Suas igrejas (Mt. 16.18; Ef. 5.23) e O Exaltado com todo poder que as comissionou a pregá-Lo à toda criatura (Mt. 28.20; Fp. 2.8-10) é Quem está neste trono. Ele será manifestado como Juiz. O Salvador dos arrependidos e o Advogado dos salvos é grande em misericórdia (At. 16.31; 1Jo. 2.1). Porém, como Juiz Ele será terrível. Da Sua presença foge a terra e o céu (Ap. 20.11). O Senhor Jesus será terrível no Seu poder e na Sua majestade como Juiz.
O Senhor Jesus tem o pleno  direito de ser o Juiz neste trono.
Essa qualificação de juiz o Pai Lhe deu: Jo. 5.22-23, 27, “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo; Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou. 27 E deu-lhe o poder de exercer o juízo, porque é o Filho do homem.”; At. 10.42, “... testificar que ele é o que por Deus foi constituído juiz dos vivos e dos mortos.”; 17.31; Rm. 2.16, “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.”
Ao Senhor Jesus Cristo foi dado todo o poder no céu e na terra e foi exaltado soberanamente com um nome sobre todo o nome. Portanto senão por direito de Criador ou Salvador, o Senhor Jesus Cristo tem o direito de ser o Juiz neste julgamento final por autoridade do Seu Pai (Mt. 28.18; Fp. 2.9). Nunca pense que possa evitar a Quem Deus Pai estabeleceu como Juiz no julgamento final a não ser que esteja confiando na obra de Cristo Jesus na cruz.
O Senhor Jesus tem o direito de ser o Juiz neste trono. Pela sua vida como homem o Senhor Jesus venceu todo e qualquer pecado (Hb 9.14, “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”; 1Pe. 1.19, “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado”) Pela Sua morte Jesus aniquilou “o que tinha o império da morte, isto é o diabo” (Hb. 2.14-18).
Pela Sua ressurreição o Senhor Jesus Cristo nos justificou, nos tornando inculpáveis (Romanos 4:25).
Houve necessidade da ressurreição de Cristo, para a aquisição de nossa justificação.
O apóstolo faz a ênfase do argumento em favor da nossa justificação, na ressurreição do Senhor, porque ao se referir à sua morte como a primeira grande causa, ele aponta para esta segunda, como que afirmando a sua importância, por dizer: “ou, antes, quem ressuscitou”, como se tivesse reconhecido que o argumento da ressurreição poderia até mesmo ser colocado antes do relativo à morte, como prova da nossa justificação, porque aqui, o que ele quer demonstrar, é que não há qualquer base legal para sermos condenados à morte eterna por Deus, e a prova disso está marcada de forma bastante evidente na ressurreição do Senhor Jesus.
Alguém indaga: Por que vocês foram justificados? Por causa da morte de Cristo, respondemos. Então vem a réplica: “Mas quem garante que a morte de Jesus foi eficaz para que vocês fossem justificados?”, e a nossa resposta será: “Porque isto foi comprovado na sua ressurreição, que é a prova patente que ele foi aceito e justificado pelo Pai, morrendo em nosso lugar, carregando os nossos pecados sobre o seu corpo, 1Pe 2.24. Sua ressurreição comprova então que a justiça de Deus está plenamente satisfeita pela morte do Senhor Jesus Cristo. Sua ressurreição pode nos dar plena certeza disso.
Em segundo lugar, ela teve e tem uma influência em nossa própria justificação, sim, e uma influência tão grande como a sua morte teve. Em ambos os aspectos, não podemos ser condenados, porque Cristo ressuscitou.
Ele ressurgiu dos mortos, e nós também juntamente com ele. Podemos ser justificados e vivificados porque ele vive. Nós vivemos porque ele permanece vivo, e vivo para sempre.
Como ele próprio afirmou: “porque eu vivo, vós também vivereis”, Jo 14.19.
E temos a certeza de que podemos viver nele, porque ele pagou completamente toda a nossa dívida de pecados, e Deus está satisfeito com a oferta da Sua vida em sacrifício vicário, ou seja, em nosso lugar.
Se o Senhor tivesse pago a nossa dívida em sua morte, mas caso não revivesse em glória, em sua ressurreição, não poderíamos receber da sua vida, pela qual somos salvos e vivificados. Ele é o pão vivo que desceu do céu e alimenta o nosso espírito. Vivemos pela sua vida, e assim deveria ser, porque foi isto que foi pactuado entre ele e o Pai, antes mesmo que viesse ao mundo para efetuar a nossa redenção.
Após discorrer sobre a ressurreição em todo o 15º capítulo de 1 Coríntios, o apóstolo Paulo fecha o capítulo com um hino de triunfo sobre o pecado e a morte:
“Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão. O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. "Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1Corintios 15:55-57)
A nossa ressurreição não será para a segunda morte, conforme sucederá aos ímpios, mas para a vida, e isto comprova que temos participado da ressurreição de Cristo, porque fomos justificados por Deus juntamente com ele, em sua morte e ressurreição.
Assim, afirma o apóstolo:
“O qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação.” (Rom 4:25).
Nesta passagem se afirma expressamente que Jesus ressuscitou por causa da nossa justificação. Não que o termos sido justificados tenha sido a causa da sua ressurreição, mas o oposto disto, ou seja, somos justificados por causa da sua ressurreição.
Então a ressurreição de Cristo não foi apenas uma evidência, um meio de prova da nossa justificação, mas algo que teve uma influência causal na própria justificação.
Isto pode ser visto em 1Coríntios 15.17, onde o apóstolo argumenta nos seguintes termos: “se Cristo não ressuscitou, permaneceis ainda nos vossos pecados e a sua fé é em vão”, ou seja, embora você possa ter a certeza de que a fé opera em você sobre o mérito da morte de Cristo, no entanto, seria em vão, se Cristo não ressuscitasse, pois, neste caso, a sua justificação seria nula; e assim estariam ainda em seus pecados.
Ninguém deve duvidar quanto à verdade de que a morte de Cristo pagou a nossa dívida de pecados, mas ainda assim, dependíamos também da quitação dessa divida, e isto seria feito pela sua ressurreição. A conta deveria ser rasgada e devidamente quitada no céu, de modo que nós, devedores que éramos da justiça divina, pudéssemos ser liberados da nossa condição de devedores.
Em sua morte o Senhor Jesus é o nosso Sacrifício, e em sua ressurreição e ascensão ao céu, Ele é o nosso Sacerdote e Advogado. Ambas funções são necessárias para a nossa redenção, e por isso elas se encontravam prefiguradas na Lei, onde nenhum sacrifício teria valor caso não fosse apresentado na presença do sumo sacerdote de Israel, e também no tabernáculo, e quanto ao sacrifício que era oferecido pelo pecado de toda a nação no dia da Expiação, o sangue teria que ser apresentado no Santo dos Santos, e deveria ser aspergido sobre o propiciatório da arca da aliança, que representava a presença de Deus. Assim, também nosso Senhor se apresentou como nosso Sumo Sacerdote no céu para apresentar o sangue do seu sacrifício na presença do Pai no Santo dos Santos celestial. Isto é devidamente explicado na epístola aos Hebreus.
Nenhum de nós poderia ter a plena justificação que nos dá o direito de acessarmos diretamente ao Pai, caso não tivéssemos a nosso Senhor Jesus Cristo intercedendo por nós, à sua direita, como nosso Sumo Sacerdote. Por isso importava que ele ressuscitasse dentre os mortos para realizar a sua função sacerdotal em nosso favor, de modo que sejamos aceitos por Deus Pai.
O Pai designou antes mesmo dos tempos eternos, Tito 1.1-3, o Filho para realizar estes ofícios para o nosso benefício e para a Sua glória.
Como o ato da justificação é um ato jurídico, no qual somos os beneficiados, em razão do pagamento da fiança da nossa libertação que foi pago por nosso Fiador, e por todas os atos atributivos e imputativos para sermos considerados sem culpa e justos diante de Deus, e então poder desfrutar de tudo isto porque Jesus não apenas pagou o preço exigido em sua morte, como também, ressurgiu dos mortos para a realização de todo este aparato jurídico, necessário à nossa libertação e defesa contra nossos acusadores, agindo como nosso Advogado no céu, para garantir a nossa justificação. O apóstolo João, por isso, em sua primeira epístola ao falar de Jesus como nosso Advogado,1Jo 2.1, ele diz que ele é fiel e justo para nos “purificar de toda injustiça”, como se referindo de um modo peculiar ao ato da justificação, caso confessemos os nossos pecados, 1João 1.9.
Como isto poderia ter sido feito senão pela sua ressurreição? Daí ser afirmado na Palavra que ele ressuscitou por causa da nossa justificação, ou seja, para ativá-la, para administrá-la, para não somente nos atribuir a sua própria justiça, como também para implantá-la progressivamente ao nosso caráter, por nos fazer participantes de sua própria vida e virtudes. Daí a grande certeza do apóstolo ao indagar: Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Quem os condenará? E então apresenta o argumento final: eles estão justificados e é Deus quem os justifica desta forma jurídica incontestável, quer perante toda a Terra, quer perante o céu, ou até mesmo perante o próprio inferno.
O plano de justificação dos pecadores é perfeito e completamente seguro, de forma que também é segura a salvação daqueles que são justificados por meio da fé em Cristo.
Não há neste plano divino qualquer brecha que possa dar ocasião a uma apelação ou ação por parte de tudo e todos que tentem anular o direito que Cristo conquistou para os justificados, de modo que eles podem repousar seguros que este direito nunca poderá lhes ser negado ou retirado, ainda que parcialmente.
“por isso mesmo, Jesus se tem tornado fiador de superior aliança.” (Heb 7.22).
Tão perfeito é o ato da nossa justificação, que se diz que nosso Senhor aparecerá uma segunda vez em sua volta, sem pecado, Heb 9.28, ou seja, a justificação garantirá a nossa perfeição espiritual por ocasião de sua volta, de tal forma, que não haverá nenhuma necessidade que ele carregue de novo os nossos pecados sobre si, como fizera em seu primeiro advento, para que pudéssemos receber esta justificação. Assim, aparecerá sem pecado, não que tivesse pecado antes, ou que estivesse com algum pecado no céu, mas sem a necessidade referida de fazer expiação pelo pecado em nosso lugar, uma segunda vez. Daí se dizer também, que tendo ele “ressuscitado dentre os mortos, já não morre mais”, Rom 6.9, ou seja, pela perfeita justificação que ele operou em nosso favor, jamais haverá necessidade de qualquer outra expiação que demandasse que ele morresse de novo pelos pecadores. E também se diz, que com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados, Heb 10.14.
Agora, todo este argumento da Palavra de Deus em favor da ressurreição de nosso Senhor como prova e causa da nossa justificação, encoraja e aumenta a nossa fé nele. Aumenta também a nossa gratidão e amor. Porque ainda que não cheguemos a ter um conhecimento pleno da real profundidade deste maravilhoso plano de salvação, ele funcionará para todos os que creem em Cristo, independentemente do citado conhecimento pleno.
Mas bem faremos em aumentar no conhecimento desta graça e do Senhor, conforme nos exorta a própria Palavra, para que jamais nos desviemos da Rocha na qual somos firmados por meio da fé.
O SENHOR foi manifestado como o Juiz destinado pelo próprio Deus (At. 17.31, “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”).
Essa qualificação o Senhor Jesus tem por conhecer pessoalmente todo tipo de tentação e por vencer a condenação do pecado (Hb. 4.15, “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”).
Assim é inteligível a Sua sentença no julgamento sobre os que transgrediram a Sua lei. Foi o Senhor Jesus a quem os pecadores diante deste trono rejeitaram. Nada mais justo do que eles encararem a Quem rejeitaram. “Para os que odiaram a misericórdia e rejeitaram o amor e graça do Senhor Jesus Cristo, este julgamento será a manifestação da retribuição perfeita para cada pecado. O homem tem uma escolha. Ele deve escolher a encarar Cristo como Salvador ou como Juiz. O Salvador rejeitado será o Justo Juiz”
O Rei do Universo e Senhor Jesus Cristo é o majestoso Juiz.
O SENHOR é o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da própria pessoa de Deus (Hb. 1.3). A majestade do Senhor Jesus é revelada como a própria Palavra de Deus pela qual Deus criou tudo (Hb. 11.3; 1.2; Jo. 1.1-3; Sl. 33.6). Sua majestade é manifestada pela Sua vida imaculada quando cumpriu a lei, assim cancelando totalmente a força do pecado (Mt. 5.17; Jo. 19.30). Pela Sua ressurreição o Senhor Jesus derrubou o pecado e a condenação do pecado qual é o aguilhão da morte (Rm. 6.9; 1Co.15.55-57). Agora Ele vivifica os que se arrependem dos seus pecados e pela fé confiam nEle. Estes têm a vida eterna e não entrarão em condenação (Jo. 5.24, “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.”).
Toda a pessoa divorciada de um companheiro vivo comete adultério quando se casa novamente, exceto aquele que se divorciou de seu par por traição conjugal (Mateus 19:9). Nenhuma exceção é dada àquelas pessoas cujos divórcios não envolveram traição. Nenhuma exceção é dada àqueles que receberam o divórcio. A exceção é dada somente àqueles que se divorciaram por motivo de traição do outro cônjuge.
No caso da pessoa já estiver sido recasada, mas sendo que o motivo da dissolução do casamento não foi pelo pecado do adultério, precisa considerar a orientação bíblica, pois está em adultério, e nenhum adúltero pode ir para o céu (1 Coríntios 6:9-11) e desde que Deus julgará os adúlteros (Hebreus 13:4), aqueles divorciados que estão cometendo adultério por haverem se casado novamente necessitam urgentemente de serem perdoados. Mas o que têm eles que fazer para receber perdão? Têm que se arrepender (Atos 2:38).
O arrependimento envolve o abandono das práticas pecaminosas; neste caso, a desistência do adultério. Os Coríntios foram limpos depois que eles deixaram suas práticas pecaminosas ("Tais fostes alguns de vós" (1Coríntios 6:9-11).
O Evangelho sempre exige a separação do pecado. O beberrão deve separar-se de sua garrafa, o idólatra de seus ídolos, o homossexual de seu amante, e o adúltero de seu par ilegal.
Portanto, o pecado não é a vontade de por Deus para nós, mas ele é a razão de nos afastarmos do plano original do Criador.
Quem é de Deus não tem prazer no pecado, e não vive habitualmente pecando.
Na verdade, o pecado para o cristão fiel deve ser um acidente, mas não uma prática habitual em sua vida.
Mas, se alguém pecar, temos um Advogado, porém todo o pecado, assim como após o adultério ter sido consumado, haverá consequências ruins para todos os envolvidos.
Estas consequências são maldições sobre nossas vidas, famílias e para a nossa sociedade como um todo. Deus nos ama, odeia o pecado e ama o pecador, mas é urgente que aqueles que são de Cristo, renunciem a carne com as suas cobiças e paixões.
A Bíblia nos afirma:
"E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito.
Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros." (Efésios 5:24-26).
Lute pela manutenção do seu casamento. Não se separe por quaisquer motivos fúteis como encontramos que têm acontecido nos tempos atuais.
A Palavra de Deus é o nosso padrão de fé e de conduta prática.
Assim como o Sábado, o Casamento foi feito por causa do Homem, e não o Homem por causa do Sábado, ou do Casamento.
Do primeiro homem veio a mulher e a partir de então, houve o primeiro casamento tendo Deus como testemunha.
A igreja como organização veio muito tempo depois, até porque nós somos o templo do Espírito Santo e precisamos disciplinar o nosso comportamento, e nos congregar junto dos que têm a mesma fé para adorar ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
A nossa família deverá ser a nossa primeira igreja, pois que adiantará ganharmos muitas almas para Cristo se os nossos estão perdidos e condenados ao fogo eterno?
A Palavra de Deus é imutável e não se contradiz, pois tudo o que Deus promete, O SENHOR cumpre e cumprirá.
Não nos preocupemos com as opiniões humanas liberais e pecaminosas deste mundo tenebroso, repleto de falsos mestres e de falsos ensinos, os quais nos afastam da verdadeira interpretação das sagradas escrituras, da santa e bendita Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, harmônica como um todo, e não apenas focalizando-a em versículos isolados.
Agora podemos entender o porquê do nosso mundo, da nossa sociedade moderna vai de mal a pior, e da existência de tantos crimes, vícios, aberrações de comportamentos, violência, rebeldia, incredulidade, desobediência, maldade, inveja, vaidade, orgulho, presunção, corrupção, ignorância, imoralidade, a inversão dos valores éticos e morais, a frieza espiritual, a carnalidade e a materialidade, a falta da pregação bíblica contra o pecado e suas terríveis consequências, a conivência com as práticas pecaminosas nas igrejas e nas religiões em geral, tudo isso, por causa das relações ilícitas em desobediência à Palavra de Deus, pelas famílias e as gerações formadas que já estão debaixo da maldição da prática do pecado do adultério!
O caminho da graça é estreito e apertado, mas a porta da perdição é larga e são muitos os que entram por ela!
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.
Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um." (Romanos 12:1-3).
Que O SENHOR nos abençoe e nos guarde em Seu infinito amor e paz. Amém!
Apóstolo Dr. Josué Campos Macedo