Seminário Bíblico
de Evangelismo
Dinâmico
CURSO DE FORMAÇÃO E
CAPACITAÇÃO AO EVANGELISMO DINÂMICO
Apóstolo Dr. Josué Campos Macedo
Diretor Geral de Cursos Estudos e Pesquisas do Ministério da Comunidade Evangélica Nova Unção
O QUE É
EVANGELISMO
É a arte de compartilhar a Salvação que
recebemos e também o seu autor o Senhor Jesus Cristo, com outra (s) Pessoa (s),
através de comunicação direta e indireta.
Evangelismo vem da palavra Evangelho, cujas
raízes são: a palavra grega “evangelio”, que significa boas novas; e evangelizo
que significa trazer ou anunciar boas novas. A palavra Evangelho torna-se mais
significativa quando estudamos o verbo hebraico “bisar”, que significa
“anunciar”, contra, publicar, este verbo é aplicado em Is. 4.27; Sl. 40.9 e 10;
Is. 68.11 e 12; que proclama a vitória universal de Jeová sobre o mundo. É
proclamar o Evangelho do Senhor Jesus sobre o mundo. É proclamar o Evangelho do
Senhor Jesus Cristo ao povo.
- Evangelismo é a tarefa de testemunhar de
Cristo aos perdidos.
- Evangelismo é a tarefa de levar homens a
Cristo.
- Evangelismo é alistar vidas aos serviços de
Cristo.
- Evangelismo é obedecer e proclamar as boas
novas.
BASE
BÍBLICA
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o
Evangelho a toda criatura.” Marcos 16:15.
“E este Evangelho do reino será pregado em
todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.” Mateus
24:14.
“Porque não me envergonho do Evangelho de
Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro
do judeu, e também do grego.
Porque
nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo
viverá pela fé.” Romanos 1:16,17.
OBJETIVOS
DO EVANGELISMO
a) Anunciar a Cristo (Jo. 1.36)
b) Levar homens a Cristo (Jo. 1.41)
c) Alistar vidas para o serviço de Cristo
(At. 11.25,26)
d) Proporcionar o crescimento da igreja (At.
2.47;5.14;9.31)
Para atingirmos os objetivos de evangelização
para esta década no Brasil a Igreja Evangélica precisa crescer no mínimo, cerca
20% ao ano.
- Hoje ela está crescendo em média de 5% ao
ano.
(Em 30 anos, percentual de evangélicos passa
de 6,6% para 22,2%
Os evangélicos foram o segmento religioso que
mais cresceu no Brasil no período intercensitário. Em 2000, eles representavam
15,4% da população. Em 2010, chegaram a 22,2%, um aumento de cerca de 16
milhões de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões). Em 1991, este
percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%.).
NA
PRÁTICA TEMOS O CÁLCULO
- Uma igreja de 100 membros está crescendo,
em média, 05 membros ao ano.
- Precisa crescer pelo menos com 20 membros
ao ano.
- Uma igreja de 500 membros precisa batizar
100.
- Uma igreja de 1000 membros precisa batizar
200 e assim por diante.
A
IMPORTÂNCIA DA PRÁTICA DO EVANGELISMO
Temos inúmeras razões para ganharmos almas
para o Senhor Jesus Cristo, acrescentando que a importância deste trabalho
glorioso, que é falar do Amor de Deus; é fazer cumprir o Plano que Deus
elaborou para a humanidade, e o mais glorioso de tudo isso é que Deus em sua
Gloriosa Graça, antecipadamente escolheu a mim e a você, para fazer parte deste
Plano Maravilhoso, e agora cabe a nós realizarmos esta ordem imperativa que nos
foi incumbida, a Pregação do Evangelho, fazendo cumprir o que Judas, irmão de
Jesus e de Tiago, nos orientou; e salvai alguns, arrebatando-os do fogo; tende
deles misericórdia com temor..., Judas 1:23.
PORQUE
GANHAR ALMAS
-Porque não podemos deixar de falar do Grande
Amor de Deus, e do que recebemos do Senhor Jesus Cristo.
O amor de Deus foi tão grande, que o papel e
a caneta, com palavras, não conseguiu explicar, e o apóstolo João, escrevendo
seu Evangelho para a Igreja em geral, não encontrando sequer uma palavra que
pudesse externar este Imenso Amor de Deus, escreveu: Porque Deus amou o mundo
de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João
3:16.
O Senhor Jesus veio a este mundo, morreu por
nós naquela amargante cruz, pois ele precisava salvar eu e você que estávamos
perdidos e sem nenhuma esperança de ver Deus, Porque o Filho do Homem veio
buscar e salvar o que se havia perdido. Lucas 19:10.
Mas agora que já encontramos e somos
participantes deste amor incondicional de Deus, através de seu único Filho
Jesus Cristo, não podemos deixar de expressar este Amor tão grandioso.
-Porque é um ide de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo.
Após Jesus ressuscitar, Ele apareceu aos 11
discípulos, e estando seus alunos todos juntos, Jesus não perguntou se eles
estavam tristes, abatidos, com medo... Jesus lhes ensina mais uma lição, sendo
imperativo e objetivo, deixando claro para eles o motivo principal de sua vinda
a este mundo, “E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a
toda criatura.” Marcos 16:15.
Embora
todas as bênçãos que Deus tem para cada um dos seus filhos sejam maravilhosas,
nada se compara a salvação, é por isso que Jesus enfatiza a pregação do
Evangelho para a salvação das almas, tanto é verdade esta afirmação que Jesus
após ressuscitar fica quarenta dias falando sobre as coisas de Deus e ao
começar sua ascensão, suas últimas palavras para a multidão que o assistia,
creio eu em alta e clara voz, é: Mas recebereis a virtude do Espírito Santo,
que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em
toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1:8.
-Porque é um dever de todo crente salvo e
remido pelo sangue do Senhor Jesus.
Nós que somos conhecedores da palavra do
Senhor Jesus, temos o dever de atender ao pedido do Mestre, Jesus, porém, lhes
disse: Não precisam ir embora; dai-lhes vós de comer. Mateus 14:16. O dever de
falar do Senhor Jesus, é nosso, não podemos transferir esta responsabilidade a
outrem.
O apóstolo Paulo mais intensamente nos
engloba nesse dever e nos escreve: Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor
Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu
Reino, 2 que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas,
repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. 2 Timóteo 4:1 e 2.
Porque dizer intensamente? Quando analisamos
o significado das palavras do texto de Paulo, (Conjuro-te que significa:
invocação para obedecer a um pedido, súplica, um pedido insistente; Instes que
significa: pedir com encarecimento; solicitar; insistir), parece até que ele
está usando um pleonasmo, sendo redundante, porém concluímos que a insistência
de Paulo é por amor as almas, amor que eu e você, devemos ter em nossos
corações.
-Porque é um Privilégio para todo crente.
Quando anunciamos Jesus como o Salvador do mundo,
estamos fazendo o trabalho mais privilegiado que há na terra, pois uma alma
salva vale mais do que o mundo todo, pois ela custou o sangue de Jesus Cristo,
e este sangue não tem preço, e com certeza este trabalho será o que mais nos
trará recompensas. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando,
voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos. Salmo 126:6.
-Porque é um Sinal de que somos Salvos. E
assim, devemos proclamar a salvação em Cristo a todos, compartilhando a nossa
fé em todo o mundo, começando pelos da nossa casa e nossa parentela.
ANÁLISE
DO TEXTO DE JOÃO 4: 5-15
5 Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada
Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
6 E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois,
cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora
sexta.
7 Veio uma mulher de Samaria tirar água.
Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8 Porque os seus discípulos tinham ido à
cidade comprar comida.
9 Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como,
sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os
judeus não se comunicam com os samaritanos).
10 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tu
conheceras o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias,
e ele te daria água viva.
11 Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens
com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
12 És tu maior do que o nosso pai Jacó, que
nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?
13 Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que
beber desta água tornará a ter sede;
14 Mas aquele que beber da água que eu lhe
der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de
água que salte para a vida eterna.
15 Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa
água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la.
Neste texto da Palavra de Deus, vemos o
Senhor Jesus evangelizando uma pessoa. Este acontecimento se passa na cidade de
Samaria, mais precisamente Sicar, perto das terras que Jacó que dera a seu
filho José.
Neste local estava o poço de Jacó. Jesus
cansado da viagem sentou-se junto ao poço. Era quase hora sexta ( três horas da
tarde). Chegou uma mulher para buscar água no poço. Jesus então começa um
diálogo com ela. Mas a mulher sabia que ela não poderia estar conversando com
ele por três razões:
1)– Por ela ser Samaritana. (Porque os Judeus
não podiam conversar com Samaritanos).
2)– Por ser ela uma mulher. (Não poderia
conversar a sós com um homem ainda mais neste horário).
3)– Por ela ser uma prostituta, o Senhor
Jesus não poderia estar conversando com ela. (com pecadores).
Mas O Senhor Jesus quebra todos estes três
preconceitos e inicia um diálogo com ela. (v.7). Em seguida pede-lhe água.
Todo cristão que já experimentou a verdadeira
salvação de Jesus Cristo em sua vida, e mantém vivo o pedido de Jesus para ir
pregar a mensagem de Salvação, não consegue ficar sem ganhar almas para o Reino
de Deus, pois a salvação é gloriosa, ela queima em nossos corações, ela nos diz
a todo instante que devemos alcançar mais alguém com a mensagem de Cristo,
vejamos o exemplo da mulher samaritana. Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e
foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde e vede um homem que me disse tudo
quanto tenho feito; porventura, não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade e
foram ter com Jesus. João 4:28 a 30.
QUANDO
DEVEMOS EVANGELIZAR
A Palavra de Deus nos ensina que... “há tempo
para todo propósito debaixo do céu” Ecl. 3:1; mas quando se trata de ganhar
almas o crente em Jesus deve ter em mente que este propósito não existe um
tempo determinado, mas que as almas precisam de Jesus.
–AGORA: “eis aqui agora o tempo aceitável,
eis aqui agora o dia da salvação” 2Cor. 6:2.
–A TEMPO E FORA DE TEMPO: “Pregues a Palavra,
inste a tempo e fora de tempo..” 2Tim.4:2.
–QUER OUÇAM QUER DEIXEM DE OUVIR: Quando
realizamos a pregação da Palavra de Deus, teremos as mais diversas atitudes dos
que ouvem: Uns ficarão irritados (Atos7: 54,56 e taparão os ouvidos (Atos 7:
57); alguns escarnecerão e deixarão a decisão para outro dia ( Atos 17: 32;
24:25); outros nos terão por loucos (Atos 26:24), mas alguns crerão (Atos
17:34). Portanto o ganhador de almas deve executar a sua tarefa pregando a
todos quer ouçam quer deixem de ouvir. (Ez 2:7).
–DE MADRUGADA: ( Mt 20:1)
–DE MANHÃ: ( hora terceira = 9 horas) Mateus
20:3.
–NA HORA DO ALMOÇO: ( hora Sexta e nona = 12
e 15 horas),Mateus 20:5.
–À TARDE: (hora undécima = 17 horas) Mateus
20:6.
–A NOITE: (Atos 16: 29 – 33).
– HOJE: “... Hoje se ouvirdes sua voz não
endureçais os vossos corações” Hb. 3:15 ...Hoje é o dia da salvação 2Cor. 6:2).
Pelas seguintes razões:
1)–Por causa da brevidade humana ( Sl 90: 10
–12 ; Ecl. 12:1 ; Ef. 3:16).
2)–Por causa da constante atuação de Satanás.
Mt 13:25).
3)–Por causa da partida do pecador para a
eternidade a qualquer momento. (Lc 12:19,20).
Após a morte não haverá mais possível de
salvação, pois depois dela segue-se o juízo (Heb. 9:27) . Duas eternidade
distintas aguardam o homem após a morte: vida eterna para os que crêem, e
vergonha e desprezo eterno para os descrentes ( Dn 12:2). Como pois escapará o
pecador, se não atentar para uma tão grande salvação.
“Quem observa o vento, nunca semeará, e o que
olha para as nuvens nunca segará” (Ec.11:4. O ganhador de almas deve aproveitar
todos os momentos e circunstancias para evangelizar...”enquanto é dia, a noite
vem, quando ninguém pode trabalhar. ( Jo 9:4).
A
IMPORTÂNCIA DE GANHAR ALMAS
A Bíblia nos ensina que aquele que ganha
almas é sábio. (Prov. 11:30). Embora esta verdade seja real, nem todos têm esta
sabedoria de ganhar almas para o Reino de Cristo.
Para ganhar almas é preciso tato,
coragem e acima de tudo amor pelas almas. Nenhum ganhador de almas faz isto
sozinho sem ajuda de Deus.
Todo ganhador de almas sabe que sem a
ajuda de Deus é impossível fazê-lo, mas o verdadeiro evangelista sabe como
fazê-lo, porque tem a sabedoria de Deus para ajudá-lo nesta importante tarefa
de conquistar almas para o Reino de Cristo. Vejamos o que a Palavra de Deus nos
ensina sobre a questão de ganhar almas.
10
RAZÕES PARA SER UM GANHADOR DE ALMAS
-Ganhar almas é um dever.“Que pregue a
Palavra a tempo e fora de tempo” 2Tm 4:2.
-Ganhar almas é um privilégio. “Assim como o
Pai me enviou eu vos envio a vós” Jo 20:21.
-Ganhar almas é uma obrigação. “Porque se
anuncio o Evangelho, não tenho que me gloriar, pois me é imposta esta
obrigação, e ai de mim, se não anunciar...”1Cor. 9:16.
-Ganhar almas é um mandamento. “Ide por todo
mundo, e pregai...” Mc 16:15.
-Ganhar almas é uma responsabilidade. “A
ti....te constituí por atalaia...e lhe anunciarás da minha parte... se tu não
falares...o seu sangue demandarei da tua mão”. Ez. 33:7-8.
-Ganhar almas é um desafio. “Se algum homem
tiver cem ovelhas, e se algumas delas se desgarrar, não irá pêlos montes em
busca da que se desgarrou?”. Mt 18:12 –13.
-Ganhar almas é uma oportunidade permanente.
“Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido”.
-Ganhar almas é um trabalho efetivo. “Bem vos
lembrais do nosso trabalho e fadiga, pois trabalhando noite e dia...vos
pregamos o Evangelho de Deus. “1 Tm 2:9.
-Ganhar almas é o fruto espiritual. Eu “vos
escolhi a vós para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça.” Jo
15:16.10).
-Ganhar almas é uma condição para o
crescimento da igreja. “E todos os dias acrescentava o Senhor à Igreja aqueles
que se havia de salvar.” Atos 2:47.
APRENDENDO
COM O SENHOR JESUS CRISTO A GANHAR ALMAS
O SENHOR JESUS PROCUROU AS ALMAS
– Buscou onde elas estavam. Mt 7:18;Jo 4:7
– Anunciou a verdade – Jo 1:14 ,17 e 16:17
– A pregação do Senhor Jesus foi objetiva. Jo
11:25 e 8:36
- O Senhor Jesus falava com autoridade. Mt
21:23.
O SENHOR JESUS SE PREPAROU PARA GANHAR ALMAS
– Demonstrou maior exemplo de renuncia. Mt
8:20 ; Lc 9:58
- Preparou-se através de oração e jejum. Mt
4:2
– Preparou-se antes de exercer seu
ministério. Lc 2:46
– Cumpriu toda a justiça. Mt 3:15
O SENHOR JESUS PREGOU O ARREPENDIMENTO
– Aos que estavam em trevas. Mt 4:16-17
– Aos necessitados, oprimidos e enfermos – Mt
6:12 – 13
– Aos pecadores. Lc 13:2-3
– A todas as nações. Lc. 24:47
A MENSAGEM DO SENHOR JESUS É UM MODELO
– Foi uma mensagem simples. Jo 7:37 –38 e
14:6
– Foi
uma mensagem direta. Mt 4:19 Lc 6:25 Mc 16:16
– Foi uma mensagem Bíblica. Mt 5:17 Mc 10:19
– Foi uma mensagem com objetivos definidos.
Mt 4:19; Jo 18:37
O SENHOR JESUS PREPAROU-SE ATRAVÉS DA ORAÇÃO
– No batismo. Lc 3:21
– Em lugar solitário. Mc 1:35
– No deserto. Lc 5:16
– Antes de escolher os doze. Lc 6:12 -13.
MANEIRAS
DE LEVAR AS ALMAS À DECISÃO POR CRISTO
Este é o ponto decisivo e que requer do
crente um cuidado todo especial. Não é suficiente apenas falar, mas insistir na
aceitação de Cristo (1Co. 14: 8,9 –17 –22). Deve-se mostrar ao pecador que ele
esta diante da mais importante decisão que um homem pode fazer é aceitar a
Jesus e que esta decisão é inadiável (Hb. 3:7,8 ; 4:7 – 2Co.6:2 – O ganhador de
almas deve proceder da seguinte forma:
– Escolher as pessoas com quem deseja falar.
Para isto é indispensável a direção do
Espírito Santo.
– Decidir a maneira de falar:
Se em particular. (Atos 18:20)
Ou publicamente. (Atos 20:20)
Com cortesia. (2Tim. 2: 24-25)
Com exortação. (Atos 2.40).
FALAR SEMPRE
-Com vida de oração (Rm. 10; Ef. 6:18 – 20)
-Sem pressa demasiada (Pv 29:20) – Is 28.16)
-De maneira que a pessoa possa compreender
(Mt13.19; 1Co 2:14. Ne 8: 8-12)
MOSTRAR ÀS PESSOAS
-Deus enviou O Senhor Jesus para salvar o
pecador (João 3:16 – 17)
-Que as boas obras não podem salvar. (Gl 2:16
– Rm. 3:20 – Ef. 2:8-10)
-Só O homem é pecador ( Rm 3:23; João 1:8)
-Pelo pecado o homem esta condenado ( João
3:18 – Rm. 6:23)
-O Senhor Jesus é o único Mediador entre Deus
e os homens. (Atos 4:12 ;1Tim. 2:5 – João 14:6 )
-Só O Senhor Jesus Cristo pode salvar o
homem, ninguém mais. ( Jo 5:24; Mt 1:21; Hb. 7:25)
-A vida eterna está somente no Senhor Jesus (
1Jo 5:11 – 20).
-Deixar claro que para receber a Vida eterna
é preciso receber a Jesus. (1Jo. 5:12 ;Jo 10:10; )
-Mostrar que receber Jesus como Salvador
pessoal é um ato de coração do que crê. Rm 10:10; Atos 8:37).
–Fé e convicção, mostrando na Palavra de Deus
que quando o homem crê o Senhor perdoa todos os pecados, que tenha cometido no
passado, presente e futuro. Isaías 43:25;1Tm.1;12 1 Jo 1:9; 2:1)
-Incutir a certeza da salvação. (Atos 10:43;
Jo 5:24 ; 2Cor 5:17).
COMO
FAZER O CONVITE DA DECISÃO PESSOAL
-Com muito tato e sabedoria de Deus, convidar
o pecador a receber ao Senhor Jesus Cristo e ao mesmo tempo:
– Ficar orando em espírito (Ecl. 11:6)
– Esperar que a semente germine. (Tg 5:7).
– Vigiar (Mt 13:19)
– Caso a pessoa receba ao Senhor Jesus, orar
com ela apresentando ao Senhor.
– Caso a pessoa não receba ao Jesus proceder
com compreensão e cordialidade, de tal modo que a porta fique aberta para
testificar-lhe outra vez ( 1Pedro 3:12;1 Co. 7:14-16).
O
CUIDADO DO GANHADOR DE ALMAS COM O NOVO CONVERTIDO
É sempre importante conhecer o estado em que
se encontra o novo convertido. Procurar auxiliá-lo faz parte do ganhador de
almas.
Não podemos abandonar os novos convertidos à
sua própria sorte, mas regar a semente brotada (1Co.3:6). Para tal, devemos
proceder do seguinte modo:
-Verificar a profundidade de sua
convicção.(1Jo. 1:12; Ap. 3:20).
Deixar o novo convertido ler as passagens
bíblicas, o que trará grande edificação para ele.
A verdadeira convicção é essencial à operação
do Espírito Santo. ( Jo 16:8; Ef. 6:17 )
-Aconselhar no sentido de obter uma
verdadeira comunicação e arrependimento.
(Jo 17:9; Jo 3:36; 1Jo 1: 7-9)
– Não somente orar com o novo convertido, mas
deixar que ele expresse o seu próprio coração diante de Deus. ( Atos 9:11;
15:18).
Posteriores perguntas poderão ser feitas após
a oração para conhecer a posição do novo convertido. (Atos 22:16).
– Ajudar o Novo convertido a andar no caminho
do Senhor. (Sl 115:8;119:105)
– Instruir o novo convertido a ler a Bíblia
(2Tim. 3:13; 17;1Pedro 2:2)
– Falar sobre a necessidade de oração (1Ts.
5: 17)
– Instruir ao novo convertido não se ausentar
dos cultos. (Hb. 10:25;At 2:42;Rm.11:7).
– Enfatizar ao novo convertido a necessidade
de falar de Cristo a outros. (Mt 10:32,33; Rm.10:9-10).
– Falar sobre o batismo nas águas ( Mc 16:16;
Mt 28:19)
– Falar sobre a promessa do batismo no
Espírito Santo ( Atos 2:39 – Ef. 1:13).
– Instruir o novo convertido, depois de
batizado, a não se ausentar da Ceia do Senhor. (1Co. 11:23;34; 10:36).
12).
– Apresentar o novo convertido aos irmãos, na
igreja, e ao , Bispo, Apóstolo ou ao dirigente. (Atos 9:13-21).
– Consolar ou exortar conforme o caso ( 1Ts.
2:1-13 ; 3:5-10)
– Colocar nas mãos do novo convertido
literatura saudável
– Avisá-lo dos perigos das seitas heréticas (
2Pd 2:1-3; 1Tim. 4. 1-3, 2Tm. 3:1-9; Cl 2: 18-23).
– Fazer um acompanhamento constante, de modo
a reconhecer que o novo convertido realmente está firme na Rocha dos Séculos, O
Senhor Jesus Cristo (Jo 5: 1-9,14,16).
COMO
DEVE SER FEITO O EVANGELISMO
Com profundo amor.
Com paciência e persistência.
Ouvindo a pessoa evangelizada.
Usando linguagem que as pessoas compreendam.
Fazendo perguntas sábias sobre a salvação.
Não fugindo do assunto da salvação: Ex.:
Cristo e a Samaritana – Os Judeus não lidavam com os Samaritanos.
Evitando assuntos polêmicos e discussões.
Evitando ficar irritado.
Mostrando o plano da salvação de modo
simples.
Procurando responder todas as perguntas com
apoio bíblico.
Reconhecendo que só ovelhas geram ovelhas.
MÉTODOS
DE EVANGELISMO
1-Em massa
Cristo e os Apóstolos sempre gostaram desse
método.
Evangelismo em massa é alcançar muitas
pessoas ao mesmo tempo.
Ex.: Cruzadas, Culto nos templos, Cultos nas
praças e etc...
2-Evangelismo Pessoal
Cristo e os Apóstolos sempre usaram método de
Evangelismo em massa, mas nunca desprezaram o evangelismo pessoal. Ex.: A
Samaritana, Zaqueu, Nicodemos, o Eunuco de Candace, a Mulher Adúltera, A Siro-fenícia
e etc...
Evangelismo pessoal é uma pessoa ganhando
outra pessoa. Discípulo. Ex.: Filipe e Natanael (Jo 1.43-46)
3-Em Grupos
Nas casas. Atos 5:32, A igreja nos lares.
Atos 10. 19-23; Pedro na casa de Cornélio; Lc. 10.1. Os setenta discípulos em
grupos de dois a dois.
DISTRIBUIÇÃO
DE FOLHETOS
01- Conhecer o folheto e sua mensagem
02- Entregue-o com atitudes de interesse
03- Não insistir para que alguém o tome
04- Manter-se calmo e vigilante
05- Não discutir nunca
06- Se alguém jogar o folheto fora, se
possível torne a pegá-lo e o dê a outra pessoa
07- Oferecer o folheto com um sorriso sincero
e com as seguintes palavras:
Boa Tarde, Quero oferecer-te: a) Uma mensagem
importante, b) Algo de importância para sua vida, c) Um recado de Deus, d) Um
folheto que explica o caminho da eterna salvação.
08- Dar o folheto com os horários dos Cultos
e com o endereço da Igreja.
09- Convidar sempre para que as pessoas
venham aos Cultos.
ESTRATÉGIA
DE EVANGELISMO
01- Nos lares, At. 5.42. Mt 10.
02- Nos hospitais, Mt 25.43
03-Nas prisões, Mt 25.43
04- Nas filas de ônibus
05- No púlpito
06- Nos bares
07- Nos restaurantes
08- Nos consultórios
09- Nos colégios,escolas, e universidades, At
19.9 (Um aluno ganhando outros alunos)
10- Nos conjuntos residenciais
11- Nas filas do INSS e similares
12- Nos cemitérios- Dia de Finados
13- Nas feiras livres
14- Nas Exposições
15- Nos Estádios e Similares
16- Ao ar livre, At 16.13
17- Através do telefone
18- Através de postais
19- Através de jantares
20- Através de um testemunho santo
21- Através do Rádio, Sl 19.1,3; Jr. 22.29;
Sl 26.7
22- Através da Televisão, Mt 10.27
23- Através das caixas postais
24- Através de Cruzadas Evangelísticas, At 8.5,6
25- Com Folhetos (em oração)
26- Com jornais, Is 52.7; Am 4.5; Sl. 26.7;
68.11; Mc 1.45; 7.36; 13.10
27- Com cartões de oração
28- Com Bíblias e Novos Testamentos
29- Com Cds
30- Com a Internet
31- Com adesivos
32- No local de trabalho
33- Na beira de rios, nas praias, nas praças,
e em qualquer lugar.At 16.13-15.
MODELO DE
EVANGELISMO NO NOVO TESTAMENTO
“E todos os dias, no templo e nas casas, não
cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo”. Atos 5:42.
1.”TODOS OS DIAS” =Evangelismo diário.
2.”NO TEMPLO” =Evangelismo na Igreja.
3.”NAS CASAS” =Evangelismo de casa em casa.
4.”NÃO CESSAVAM” =Evangelismo contínuo.
5.”DE ENSINAR” =Evangelismo bíblico.
6.”E DE ANUNCIAR” =Evangelismo através da
pregação.
7.”JESUS CRISTO” =Cristo o tema do
Evangelismo.
TEXTOS
BÍBLICOS IMPORTANTES
Lc. 4:14-21 Sinais e prodígios e Milagres,
pregação aos humildes de espírito onde quer que se encontrem (nós, hoje estamos
pregando o Evangelho fácil e comodista dentro de quatro paredes, mas Jesus nos
ensinou a levar o Evangelho onde quer que exista uma prostituta, um bêbado, um
viciado, enfim aonde houver trevas que eu leve a luz).
Jo. 20.1 O primeiro Evangelista foi uma
mulher, Maria Madalena. As mulheres precisam e devem ter maiores oportunidades
na obra de Deus, o Espírito Santo não tem sexo, havia diaconisas na igreja que
começou em Atos dos apóstolos, na época de maior machismo judeu; e agora? As
mulheres podem entrar nas casas e ajudar na lavagem das vasilhas ou das roupas
e até mesmo no feitio do almoço ou na confecção de um bolo; enquanto pregam o
Evangelho.
PASSAGENS
QUE O EVANGELISTA DEVE CONHECER BEM E ONDE ENCONTRÁ-LA
1- Os Dez Mandamentos Ex 20; Dt 5.
2- O Sermão da Montanha Mt 5.6,7
3- A Grande Comissão Mt 28
4- O Plano de Salvação Jo 3.16; Jo 5.24; Rm 8;
Is. 53.4,5; At 2.8,9,10,11.
5- Convicção de Salvação 1Co 1.18 e 21
Algumas referências e passagens bíblicas
importantes que deverão ser guardadas na memória e no coração para serem usadas
na hora certa:
- Mateus 10:32 e Mateus 11:28
- João 3:16 e João 5:24
- Romanos 3:23, Romanos 6:23 e Romanos 10:8,9
- 1 Timóteo 2:5
DÚVIDAS
RESPONDIDAS ANTES DE INICIAR
Por que evangelizar? 2 Coríntios 5:14,15
O que é preciso para evangelizar? 2Timóteo
2:2-15
Com o que se preocupar? Atos 20:24
O que Temer? Tem 366 vezes a frase não temas
na Bíblia Atos 18:9,10
A quem Evangelizar? Lucas 19:10
Quem deve evangelizar? João 15:16
Precisa de Grupos com muita gente? Lucas 10:1
Quem vai fazer as pessoas se interessarem?
Atos 16:13,14
Qual a verdadeira sabedoria? Provérbios 11:30
Basta ganhar as almas? Mateus 20:19
(Não fazer acepção de pessoas ou de lugares)
Marcos 16:15
(De
casa em casa) Atos 20:20
Como se comportar? Mateus 10:16
VISITAS
EVANGELÍSTICAS
O horário de visitas é muito importante, não
devendo as visitas ser de improviso. O horário sendo pré-determinado traz
algumas vantagens como:
- Disponibilidade de tempo dos evangelizados.
- Os problemas já estarão separados e prontos
para serem lançados na conversa entre as duas partes.
- Dificuldades bíblicas já estarão anotadas e
separadas.
- Interferências externas já anuladas
previamente.
LIVROS
ESTRATÉGICOS A SEREM USADOS NO EVANGELISMO
Principalmente Bíblias: Evangélica e Católica
Apostólica Romana (de Preferência Editora Ave-Maria). Bíblias dos Testemunhas
de Jeová (Para mostrar as suas doutrinas heréticas). Livro Seitas e Heresias
(Autor: Raimundo F. Oliveira – CPAD).
A
ESTRATÉGIA DO PASTOR BILLY GRAHAM NO BRASIL
Quando o grande pregador Pastor e Evangelista
Billy Graham esteve no Estádio Maracanã, em 1974, numa cruzada evangelística,
começou o seu sermão de uma forma curiosa. Ele falou assim: “Eu vim da América
para pregar o Evangelho. E olhem só que coincidência. Na primeira vez em que estive
aqui, em 1960, o campeão foi o América. E agora, em 1974, o América, foi
campeão de novo”.
Por que o Billy Graham usou essa ilustração
na introdução do sermão? Será que ele torcia pelo time do América?
É claro que não. Ele apenas buscou um ponto
de identificação com seus ouvintes. Como norte-americano, não entendia nada de
futebol, mas como estava no Maracanã e sabia que os brasileiros adoram esse
esporte, recorreu a esse “gancho”. Afinal de contas, ele era da “América” e o
América tinha sido campeão carioca de 1960 e vencido a Taça Guanabara de 1974.
O objetivo do Billy Graham, então, não era ficar comentando o futebol, mas
apenas criar um “clima” de aproximação com as pessoas que estavam ouvindo a sua
pregação.
A
ESTRATÉGIA DO APÓSTOLO PAULO NA GRÉCIA
O apóstolo Paulo agiu de forma parecida
quando esteve em Atenas, buscando em seu sermão um ponto de contato com os
atenienses, que, na verdade, não conheciam nada do Evangelho.
O Evangelho em Atenas – At 17.16-34
É necessário enfatizar que antes de
dirigir-se a Corinto (capital da província romana da Acaia e importante centro
comercial), Paulo passou por Atenas, onde esteve pregando no Areópago.
Esta análise, então, que investiga o breve
período de Paulo em Atenas, mostra a estratégia de Paulo para pregar aos
gentios.
De fato, em Atenas, Paulo agiu da mesma
maneira que em Listra (Atos 14:14-18), quando não citou explicitamente o Velho
Testamento por causa das características de seu auditório, não inteirado dos
costumes judaicos. No entanto, a leitura do texto de Atos 17:22-34 mostra que
apesar de não citar nominalmente o Velho Testamento, Paulo procura ensinar aos
gentios todo o plano da salvação. Observe o esboço do sermão de Paulo acompanhando
os textos na sua Bíblia:
a) Paulo referiu-se à doutrina de Deus:
No sermão, mostrou que Deus é o Criador.
“Deus fez o mundo e tudo o que nele há, sendo ele Senhor do céu e da terra”, e
não depende dos homens ,“e não habita em templos feitos por mãos de homens; nem
tampouco é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa; pois
ele mesmo é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (versos 24
e 25).
b) Paulo referiu-se à doutrina do homem:
No sermão, enfatizou que todas as raças são
iguais, “e de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a
face da terra”, e devem buscar a Deus, “para que buscassem a Deus, se
porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada
um de nós” (versos 26 e 27).
c) Paulo referiu-se à doutrina da salvação:
No sermão, Paulo mostrou também que todos os
homens devem se arrepender “Deus, não levando em conta os tempos da ignorância,
manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam”, afirmando que
Deus julgará a todos, “porquanto determinou um dia em que com justiça há de
julgar o mundo” (versos 30 e 31).
d) Paulo referiu-se à ressurreição de Jesus:
A questão da ressurreição era o último ponto
do sermão. Paulo, inclusive, ao falar de do Senhor Jesus, citou-o de maneira
genérica, “varão”, pois os atenienses não tinham conhecimento dos episódios que
ocorreram em Jerusalém. Assim afirmou: “Deus há de julgar o mundo, por meio do
varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o
dentre os mortos” (verso 31). Infelizmente, no entanto, nesse instante a
pregação de Paulo foi interrompida. Para os gentios, a idéia da ressurreição
era inaceitável, “quando ouviram falar em ressurreição de mortos, uns
escarneciam, e outros diziam: Acerca disso te ouviremos ainda outra vez”.
Está bem clara a estrutura da pregação de
Paulo, ou seja, os pontos do seu sermão. Uma das questões mais interessantes do
estudo desse texto bíblico, todavia, é a estratégia que Paulo usou para
estabelecer uma ponte com os seus ouvintes.
A cidade de Atenas era famosa por seus
templos e monumentos, sendo por muitos, considerada como a capital da cultura
grega. E, nesse contexto, o Areópago era uma das instituições mais importantes
da cidade, pois funcionava como um Conselho de Líderes, local de importantes
debates.
Se observarmos bem, veremos que Paulo começa
seu sermão com uma referência à religiosidade dos atenienses. “Varões
atenienses, em tudo vejo que sois excepcionalmente religiosos”, e destaca o
Altar ao Deus Desconhecido como um ponto de partida. "Esse, pois, que vós
honrais sem o conhecer, é o que vos anuncio".
Ao contrário do que muitos fazem hoje, quando
pregam e desrespeitam a crença dos outros, “o Padre Cícero é do diabo” (e por
aí vai). Paulo usa uma estratégia muito
mais sábia.
Assim como o Billy Graham, que adaptou o
sermão à cultura dos ouvintes, Paulo também relacionou sua pregação aos
costumes culturais de Atenas. Convém perceber, entretanto, certa adaptação
feita pelo Apóstolo Paulo. Isso porque historiadores gregos Pausânias e
Filóstrato fazem referência à existência de altares a deuses desconhecidos em
Atenas. Tais referências são muitas vezes associadas à história de Diógenes
Laertius acerca de altares anônimos erguidos por Epimenides (um sábio de Creta,
inclusive citado por Paulo em Tito 1:12) em Atenas e arredores para afastar uma
peste. Paulo então faz uma adaptação, pois ao invés de falar de deuses
desconhecidos, prefere usar o singular: "Deus Desconhecido",
inclusive porque não queria abrir uma “brecha” para a idolatria.
Além disso, no Areópago, ao contrário de seus
sermões em alguns lugares, Paulo cita autores conhecidos de seu auditório
pagão. O, já referido, filósofo Epimenides, de Creta, tinha dito acerca do deus
grego Zeus: “Os cretenses, sempre mentirosos, bestas más, ventres preguiçosos,
forjaram uma tumba para ti, oh santo e elevado. Mas tu não estás morto. Tu
vives e permanece para sempre. Porque em ti vivemos, nos movemos e temos nosso
ser”. E também cita Arato, que em um poema sobre os "Fenômenos
Naturais", afirmara: “Comecemos com Zeus. Nunca deixemos de mencioná-lo,
oh mortais! Todos os caminhos e todos os locais onde os homens se reúnem estão
plenos de Zeus. Em todos os nossos assuntos temos que ver Zeus, porque somos
também sua geração.”
Paulo, efetivamente, adapta Epimenides e
Arato e afirma no Areópago de Atenas: “(...) para que buscassem a Deus, se
porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada
um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns
dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração.”
A comparação desses textos, entretanto,
levanta uma questão: Estaria Paulo igualando o deus grego Zeus ao Deus da
Bíblia? Para responder a pergunta, basta avaliar o que Paulo afirma antes e
depois de citar os poetas gregos. A intenção do apóstolo foi a de fazer um
"gancho" evangelístico. Ele fala de pessoas que estavam
"tateando" (Atos 17:27), quer dizer, iam apalpando, como cegos,
querendo achar o caminho. E aí afirma: "Chegaram bem perto, pois somos
geração (não de Zeus), mas de Deus". O que Paulo faz é pegar o que os
autores gregos falaram em relação a Zeus e aplicar ao Deus da Bíblia.
PARA
REFLEXÃO E PRÁTICA
Em Atenas, Paulo fala do Cristo ressurreto
usando como pontos de contato aspectos da cidade e afirmativas de autores
gregos. Esse "gancho cultural", que até Billy Graham usou no
Maracanã, poucas vezes é usado por nossas igrejas. Na verdade, ignoramos a
cultura do povo a quem pregamos, desconhecemos os filósofos e pensadores
influentes, e desconsideramos a necessidade de adaptar a mensagem da salvação à
realidade ao nosso redor. E o pior é que nem percebemos que Paulo agiu
totalmente diferente.
Sua pregação teve resultados concretos:
“Alguns homens aderiram a ele, e creram, entre os quais Dionísio, o areopagita,
e uma mulher por nome Dâmaris, e com eles outros” (verso 34). Quais métodos
vamos seguir, os nossos, ou os de Paulo?
ABORDAGEM
ESTRATÉGICA NO EVANGELISMO
O Senhor Jesus Cristo é o grande Mestre na
abordagem do evangelismo pessoal. Sem dúvida alguma, O Senhor Jesus é o Mestre
por excelência em tudo.
Significado da palavra. Abordar chegar à beira
abalroar (uma embarcação) para torná-la de assalto, aproximar de alguém, tratar
de (assunto).
Exemplos de abordagem na vida do Senhor
Jesus.
-A mulher Samaritana João 4
-O mancebo de qualidade Marcos 10. 17-21
-Nicodemos João 3
-Zaqueu Lucas 19. 1-10
Examinando os diversos encontros
evangelísticos do Senhor Jesus com várias pessoas, podemos notar algumas
características que deve marcar a nossa forma de abordar.
1 – O Senhor Jesus demonstrava compaixão pelo
abordado.
Ele parava e dava atenção a um homem
rejeitado, como o endemoninhado Gadareno, Marcos 05; a um jovem rico, tendo
amado Marcos 10.21; isso porque Jesus era capaz de olhar para dentro da pessoa
e ver, antes de tudo, o seu pecado Marcos 2.05.
Ver o pecado da pessoa e sua condição de
perdição espiritual deve ser a primeira atitude de um evangelista. Obs. Ver é
uma coisa, falar dele é outra, nos estamos preocupado com o pecador e não com o
seu pecado.
Ao se fazer uma abordagem temos que
demonstrar e se interessar pelo nosso alvo.
2 – O Senhor Jesus não tinha preconceitos.
Por ser puro e divino, era de se esperar que
O Senhor Jesus rejeitasse certas pessoas por motivos religiosos e conceituais,
mas Ele não agia assim. Ex. João 8:10-11
Notamos que, muitos crentes evitam falar com
certas pessoas pecadoras: tais como prostitutas, viciados, homossexuais,
mendigos e outros.
Quando fazemos uma abordagem temos que estar
preparados para qualquer tipo de pessoa e pecados que este venha ter, isso não
pode nos causar espanto, mas devemos aceitar tais pessoas como elas são, e
anunciar-lhe o Evangelho que pode mudar sua vida.
3 – O Senhor Jesus ia onde a pessoa estava.
Jesus
não tinha um templo para convidar as pessoas a virem a Ele a fim de que
ouvissem a sua mensagem assim ele costumava ir às pessoas, ao seu próprio contexto
de vida.
Ele foi a beira de um poço.
Ele veio do céu para nos buscar Lucas 19:10.
Para fazer uma abordagem é preciso ir ao
pecador, em vez de esperamos que ele venha a nós.
4 – O Senhor Jesus sabia como iniciar uma
conversa.
Ele começava exatamente onde a pessoa estava.
Ex. com Nicodemos partiu de sua própria
pergunta e conduziu-o a um dos mais profundos assuntos da vida eterna. Com
Zaqueu, fez questão de ir a sua casa, descansar e conversar sobre seu problema
Lucas 19. 1-10.
Quando
fazemos uma abordagem temos que tomar alguns cuidados, ao iniciar uma conversa.
Hoje, muitos crentes e até pastores já começam a evangelizar condenando os
vícios da pessoa, ou a moda, ou o adultério, não é assim que se trabalha uma
abordagem evangelistica, todos os erros da pessoa serão notados por Deus a nos
só compete ser o canal para que o Espírito Santo convença a pessoa de sua
situação e entenda que Jesus pode mudar sua vida. ( devemos usar a palavra de
Deus e não o que nos achamos certo ou errado é a palavra verdadeira que os
libertará e não o juiz injusto).
5 – O Senhor Jesus era incisivo na sua
conversa. O Senhor Jesus não usava meias palavras; ele só falava a verdade e
com muita simplicidade
Não adianta você conhecer muito e quer
mostrar sabedoria, se a pessoa que esta ouvindo não sabe nada.
6 – O Senhor Jesus sentia a urgência da
salvação.
Para
Jesus, ele tinha tempo contado para alcançar a todos, trabalhou intensamente, o
trabalho de evangelismo não é um trabalho de um dia, temos que estar preparados
para abordar uma pessoa a qualquer instante. Em cada minuto morrem muitas
pessoas no mundo. Uma delas pode estar perto de nós, e partir para a eternidade
sem salvação.
Olhe
agora em sua volta e veja o seu alvo; pode ser que agora que você esteja lendo
esta apostila dentro de sua casa, olha o seu irmão pode ser o seu alvo, no
ônibus olha o alvo ai, até mesmo no banheiro você não pode perder o seu tempo
aproveite e pense no seu alvo.
ORIENTAÇÃO
DE DEUS PARA CASOS ESPECÍFICOS
Atos 8. 36 Felipe
O evangelista precisa conviver com Deus para
que possa perceber a orientação certa para o seu trabalho, vida intima oração,
jejum, leitura da palavra e bons livros.
O Espírito Santo sempre comanda o momento certo
da abordagem da pessoa a ser alcançada.
Chega-te e ajunta-te a esse carro Atos 8.29
O evangelista atento começa a sua abordagem
no ponto apropriado.
E
correndo Felipe ouviu o que lia. Entendes o que estás lendo? Atos 8. 36
A Bíblia Sagrada as Santas Escrituras são
sempre o ponto chave para anunciar o Senhor Jesus.
-São elas que dão testemunho de mim João. 5.
39
Abordagem completa: é um verdadeiro
discipulado.
-O eunuco foi ensinado Atos 8. 36 É a
integração imediata
A abordagem bem feita resolve o problema do
pecador e o faz feliz e realizado.
-E foi a evangelização que lhe deu aquela
alegria Atos 8. 39.
A maneira como Felipe foi orientado pelo
Espírito Santo e o seu procedimento nesse caso de evangelismo pessoal nos
ajudará a elaborar o que vamos chamar de técnica de abordagem no evangelismo
pessoal.
TÉCNICAS
OU MÉTODOS DE EVANGELIZAR
O evangelista deve desenvolver a sabedoria de
abordar.
-Uma forma intima ou pessoal de se aproximar
de uma pessoa. Isto cada um tem o seu jeito próprio. O evangelista não pode se
dar ao luxo de ser tímido, mas se você é, é hora de começar a se exercitar para
vencer, o treinamento com outra pessoa de sua intimidade pode te ajudar muito,
para conquistar o seu objetivo, você vai conseguir de um jeito muito próprio.
-Saber que cada pessoa neste mundo é
diferente em seu universo, com seu lastro cultural, com suas crenças com seus
conceitos com seus melindres e outros. Nós estamos apresentando algo novo para
estas pessoas e não podemos interferi em suas vidas.
-Saber que dependendo da forma como forem
abordados poderão reagir negativamente ou positivamente ao Evangelho, assim, é
preciso que o evangelista, antes de tudo, dependa do Espírito Santo e ao lado
disso desenvolva um conhecimento profundo da natureza humana. Não feche uma
porta pela qual você não conseguiu passar, outros poderão entrar e ceiar com
ele.
É SÓ
FAZER ACONTECER
Lembre-se. O NÃO VOCE JÁ TEM, VOCE ESTÁ A
PROUCURA DO SIM.
-Comece com uma motivação natural. Aborde uma
pessoa pensando em uma rosa que você pode amassar a flor ou sentir o seu
perfume ou ferir-se nos seus espinhos.
- Portanto, deve-se fazer a abordagem de tal
maneira que não haja nenhum prejuízo na sensibilidade da pessoa. Exemplo do
Senhor Jesus. O Senhor disse à mulher samaritana: Dá-me de beber.
– Comece de onde a pessoa está. A habilidade
de ligar uma abordagem começando naquilo que a pessoa esta fazendo, ou falando,
vendo e então fazer uma transição para a mensagem evangelística é algo
imprescindível a quem quer evangelizar. Exemplo de Felipe quando viu o eunuco.
-O seu alvo esta fazendo o que? Lendo jornal,
comente sobre a notícia. Está com uma criança, brinque com a criança. Está
fazendo caminhada comece a caminhar para fazer a abordagem. Vai montar uma
laje, se aproxime e ofereça sua ajuda. Você só não precisa pecar para ganhar
uma alma, isto é desculpa de não convertido.
– Desenvolva a conversa que te aproximou. A
naturalidade deve prosseguir o evangelista não deve abordar de um ponto natural
e forçar a passagem para o seu assunto, com cuidado vai explorando o ponto que
você deseja alcançar. Muitas vezes temos que gastar horas, dias, semanas, meses
e até anos para ganhar a confiança de alguém e partir para o nosso objetivo.
Não podemos dar um tranco no processo de abordagem.
– Não exagere o interesse pela pessoa. Temos
que nos comportar naturalmente como se tivéssemos querendo vender algo, mas que
não dependeríamos desta venda para sobreviver, é claro que estamos querendo
fazer uma conquista para Cristo. O que estamos fazendo vem de Deus e poderá
mudar a vida da pessoa, mas se ela perceber que é esta intenção poderemos
perder o seu interesse e com isto ela se afastar de nós.
– Faça a transição, o mais natural. Não force
a barra e apresente o plano da salvação.
Mostre a necessidade espiritual da vida
humana e a necessidade de Deus.
– Se a pessoa Mostra-se interessada, passe
para a fase definitiva. Se estiver na rua, procure ser o mais breve possível
não se esquecendo de anotar os dados da pessoa.
Se estiver realizando um projeto de
evangelismo convide a pessoa para marcar uma visita, e então exponha o plano da
salvação. Se não for possível no momento marque um encontro na hora do almoço
ou um lanche ou em sua casa.
– De acordo com a formação da pessoa. Se
prepare para escolher um esquema já conhecido de exposições do plano da
salvação.
– Expondo o Plano da Salvação. A partir do
ponto que a pessoa ainda não conhece. Pode ocorrer, por exemplo, que a pessoa
já tenha profunda convicção sobre o pecado e até sobre o Evangelho. Logo o
evangelista perceberá onde deve começar com cada pessoa.
– Ao tratar do problema do pecado. É melhor
abordar o lado da experiência humana com o pecado, em vez de mencionar o lado
bíblico em primeiro lugar. A questão é que em geral, as pessoas não gostam da
palavra pecado. Isto não importa o evangelista pode mudar o rótulo e falar
apenas do veneno.
– Com relação consciência do pecado. Uma vez
que a maioria das pessoas já tem alguma consciência do pecado, a melhor maneira
de começar op plano é pelo amor de Deus. João 3. 16.
– Ao abordar uma criança e pessoas mais
humildes é apropriado o uso de gestos, é muito positivo. Apresente o Plano de
Salvação, usando os 05 dedos da sua mão.
– Veja as condições. Se as condições forem
favoráveis, use a Bíblia e permita que a pessoa acompanhe a leitura dos textos.
Caso contrário, use os que você tem memorizado, temos que ter em mente que o
nosso testemunho é de grande valor, mas não substituirá a citação da palavra de
Deus.
CUIDADO
COM AS INTERRUPÇÕES
Evite que a pessoa interrompa o assunto na
faze de exposição do plano ou que desvie o assunto. Insista no plano, pois a
semente esta sendo plantada e esta conversa tem que ser com a maior atenção de
nossa parte, pois qualquer desvio é fatal. Mateus13.4.
– Dentro do possível, tente aplicar
ilustrações de acordo com o seu nível cultural.
– Quando terminarmos de fazer a abordagem,
com cuidado, verifique se a pessoa entendeu todo o plano.
– Se houver perguntas: Se houver perguntas da
parte da pessoa durante a abordagem, com cuidado peça para esperar um pouquinho
termine o assunto e se souber a resposta responda, caso contrário, tenha duvida
na resposta o não saiba não sai falando qualquer coisa, diga que ira estudar
mas com relação ao assunto marque um novo encontro e então responda com
bastante clareza, isto te dará um voto de confiança , lembre-se da experiência
de Felipe com o eunuco. Atos 8. 31.
ALGUNS
LUGARES E FORMAS DE ABORDAGEM
-Visitas: cuidado a casa não é sua não peça
para desligar aparelhos ou tirar crianças ou animais de perto onde você esta.
-Nos meios de transportes: aproveite a
situação, tudo é um bom no inicio para se fazer uma abordagem e apresentar o
plano da salvação.
-Na hora do almoço: em fabricas, indústrias,
quartéis, facções e outros. Sempre respeitando o tempo de descanso dos colegas
de serviço seja breve. A hora do trabalho é sagrada não use para evangelizar e
sim para trabalhar, tudo tem seu tempo certo.
-No mercado, açougue, feiras, salão de
beleza, consultório médicos e outros. Abordagem tem um bom resultado quando é
feita individual, não seja guloso você pode atingir a todos, mas com certeza a
resistência será maior e com a abordagem feita a uma pessoa só é mais fácil.
ESTEJA
ATENTO ÀS FUGAS E DESCULPAS
-Eu não sou pecador Rm 3, 23; 5. 12.
-Sou muito pecador para ser perdoado. Lc 19.
10; 1Tm 1. 15
-Eu não sinto que deva procurar salvação At.
16. 31; Is. 55. 7; Jr. 17. 9,10; Jo. 5. 24.
-Tenho medo de não conseguir ficar. Jd.1. 24;
2Tm 1. 12; Jo. 5. 24
-Vejo muitos crentes hipócritas Rm 14. 4-10;
Rm 2. 1; Rm 2. 21-23; Tg 4. 17; At 16. 31; Rm 14. 12; 2Co 5. 10
-Tenho buscado, mas não tenho conseguido Jr
29. 13
-Não posso deixar minha vida de pecados Mr 8.
34-38; Tg 4. 4
-É tarde de mais para mim Rm 10. 13; 2 Pd 3.
9; 2Co 6. 2
-Sou ainda jovem, vou esperar mais. Ec 12.
1-2; Hb 3. 13; 2Co 6. 2; Lc 12. 20; Is 55. 6
-A Bíblia está cheia de erros 2Pd 2. 12; 1 Ts
2. 13; 2Pd 1. 20,21; 2Tm 3. 16,17.
-A vida do crente é muito exigente. Pv 3. 17;
Pv 4. 18; 1João 5.3
-Eu acho , Eu penso, Eu já tenho a minha
Filosofia de vida Rm 9. 19-21; Is 55. 8,9.
ATITUDES
DO EVANGELIZADOR PARA CONSIGO MESMO
-Ser otimista e acreditar em si mesmo, se
você é uma pessoa confiante, consciente do que faz, naturalmente ira transmitir
segurança aos seus receptadores. Você deve saber exatamente o que faz.
-Manter-se sempre em constante oração.
-Ter conhecimento Bíblico, através da leitura
da Bíblia diariamente.
-Ter a vida em consagração a Deus, praticando
o jejum bíblico.
-Ter bom testemunho cristão e vida com Deus.
O
PLANO DA SALVAÇÃO
O SENHOR Deus ao criar o ser humano o fez
perfeito e completo. Coroa de Sua criação. Imagem e semelhança Sua. E, desta
forma, Sua obra não estaria completa acaso o ser humano fosse incapaz de tomar
decisões por si próprio, de executar as ações decorrentes destas decisões, bem
como de entender as conseqüências de seus atos. Neste contexto disse Deus ao
homem:
"... De toda a árvore do jardim comerás
livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás;
porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás" (Gênesis 2:16-17).
Mas, a serpente disse:
"... Certamente não morrereis. Porque
Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis
como Deus, sabendo o bem e o mal" (Gênesis 3:4-5).
E preferiu o ser humano crer na serpente a
crer em Deus. Faltou-lhe fé em Deus. Faltou-lhe obediência a Deus. E por este
pecado, o maior de todos, a falta de fé no Deus Verdadeiro, foi o ser humano
expulso do paraíso e fez-se separação entre Deus e os homens:
"Mas as vossas iniqüidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que não vos ouça" (Isaías 59:2).
E o pecado e todo o mal entraram para a
natureza humana e isto lhe causou, por condenação divina, a morte. Pois, mesmo
tendo Deus, desde o início, advertido o homem do resultado da desobediência: "Se
comeres, certamente morrerás...", ainda assim o homem, dando ouvidos à
serpente, ignorou o aviso e, portanto, merecendo foi condenado por suas ações.
Mas, apesar do pecado e da maldade e da
escuridão do coração humano, Deus em Sua infinita misericórdia nos amou a ponto
de, mesmo estando nós mortos em nossos pecados, providenciar o meio para que
pudéssemos nos salvar da condenação eterna causada por nossos pecados. E esta
salvação exige que nós venhamos a nascer novamente:
"Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus" (João 3:3).
Mas, que tipo de nascimento é este?
Certamente não é um nascimento físico, pois
se nasce apenas uma vez, mas sim, um nascimento espiritual, um milagre de Deus,
um segundo nascimento durante a vida:
"... Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus" (João 3:5).
E de que forma podemos passar por este novo
nascimento e ter acesso ao reino dos céus?
Existem alguns passos a serem dados de modo a
que cheguemos a este novo nascimento, e Deus em sua infinita sabedoria os fez
bastante simples, de modo que qualquer pessoa independentemente de seu grau de
instrução possa segui-los e vir a se salvar da condenação eterna.
PASSOS
PARA A SALVAÇÃO E A VIDA ETERNA
1º passo: Você deve se reconhecer como um
pecador. Para Deus nenhum pecado é admitido, pois qualquer pecado condena por
todos os pecados:
"Porque qualquer que guardar toda a lei,
e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos" (Tiago 2:10).
Não há qualquer pessoa no mundo que não tenha
pecados:
"Como está escrito: Não há um justo, nem
um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus...
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos
3:10-11,23).
Você se reconhece como sendo um pecador? Você
sente que necessita da misericórdia e do amor de Deus? Se sim prossigamos...
2º passo: Deus pede que você se arrependa de
seus pecados:
"... se não vos arrependerdes, todos de
igual modo perecereis" (Lucas 13:5)
Mas:
"Perto está o SENHOR dos que têm o
coração quebrantado, e salva os contritos de espírito" (Salmo 34:18).
Confesse agora os seus pecados a Deus.
Apresente-se a Ele com o coração aberto e quebrantado. Arrependa-se sincera e
profundamente de seus maus caminhos e entregue o comando de sua vida ao Senhor.
3º passo: Creia que Deus enviou Seu filho
unigênito para cumprir a pena que seria sua!
"Mas Deus prova o seu amor para conosco,
em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores" (Romanos 5:8).
Creia profundamente no amor de Deus. Creia
completamente no amor de Jesus Cristo, que veio e pagou com Sua vida na cruz
para que você hoje possa ficar livre da condenação eterna e receber graciosamente
a vida eterna! E para isto basta crer:
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,
mas tenha a vida eterna" (João 3:16).
Deus amou o mundo, e em especial a você, de
tal maneira, qual seja, completamente, sem restrições, com um amor infinito, em
tal proporção que deu seu filho unigênito para que morresse na cruz, para que
todo aquele que nele crê, com um coração arrependido e quebrantado, não pereça,
mas tenha a vida eterna! Que promessa maravilhosa! Que amor maravilhoso Deus
tem por nós!
4º passo: Receba a Cristo como Senhor de sua
vida e faça parte AGORA da família de Deus:
"Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome"
(João 1:12).
Todos os salvos são parte de uma mesma
família, uma família que está destinada a estar ao lado de Deus, gozando de
prazeres, delícias e maravilhas indescritíveis por toda a eternidade!
E não é necessário fazer nada para receber
tão grandioso presente. Basta que você se arrependa dos seus pecados e creia no
sacrifício que Jesus fez por você. É isto mesmo, nada do que você tenha feito
ou que possa vir a fazer tem qualquer valor para Deus no que concerne à
remissão de seus pecados:
"Porque pela graça sois salvos, por meio
da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que
ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9).
Coloque neste momento sua fé no único que
pode te salvar:
"E em nenhum outro há salvação, porque
também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual
devamos ser salvos" (Atos 4:12).
Entregue o seu caminho ao Senhor Jesus,
tranqüilize seu coração e viva uma vida de alegria mesmo nos momentos mais
difíceis, encontre enfim a paz que você sempre procurou, atenda AGORA ao
chamado de Jesus:
"Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso
para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve"
(Mateus 11:28-30).
5º Passo: Oração. Se você sentiu em seu
coração uma imensa alegria, se você permitiu que o Senhor Jesus Cristo fizesse
em você o milagre do nascer de novo, então, peço que você ore a Deus neste
momento.
Ore mais ou menos com estas palavras:
"Senhor meu Deus, peço de todo o coração
que o Senhor me conceda o dom gratuito da vida eterna e que o teu Espírito
Santo venha habitar em meu coração. Reconheço que sou um pecador e que não
mereço tamanho presente, mas coloco, deste momento em diante, a minha confiança
em ti e no sacrifício supremo que Jesus Cristo fez por mim na cruz do Calvário.
Recebo neste momento a Jesus Cristo, Teu Filho, como Senhor e Salvador de minha
vida, e peço que o Senhor me conceda a força necessária para segui-lO por toda
a minha vida. Esta é a oração que Te faço em nome de Jesus Cristo. Amém".
Se você foi realmente sincero ao fazer a
oração acima, esta foi a oração mais importante de toda a sua vida!!! Você
acabou de passar da morte para a vida, das trevas para a luz!
Seja bem-vindo à família de Deus!
MÉTODOS
DE ABORDAGEM
São os modos utilizados para se fazer algo,
desenvolver um trabalho.
-Dedutivo: Enumeração minuciosa de fatos e
argumentos.
-Indutivo: Que procede por indução.
O método dedutivo de abordagem evangelística
é aquele que começa do geral para o particular.
O método indutivo de abordagem evangelística
é aquele que começa pelo problema até chegar ao plano da salvação.
O objetivo – Salvação do Homem
Método – Evangelismo Pessoal
Estratégia – Abordagem, nas ruas, visitas e
outros
Técnica – Plano da Salvação
OBSERVAÇÕES
IMPORTANTES
Em Antioquia houve um verdadeiro avivamento:
Havia profetas, evangelistas, pastores, doutores ou mestres e depois enviaram
missionários (Apóstolos). At 13.1-4; Ef 4.11-15;
Também se manifestavam as operações do
Espírito Santo 1Co 12.8-12;
Em Samária o povo se convertia porque via e
ouvia os sinais que Filipe fazia At 8.5-21.
O Evangelho precisa ser entendido e emoção só
não resolve.
– Leve a pessoa a tomar uma decisão.
Faça-o de maneira bem natural, mas bem firme
e incisiva.
– Ensine a orar.
- Faça a oração de decisão com ela.
- Ore com ela agradecendo a Deus sua decisão.
- Em línguas estranhas, não. Isto pode
confundir o novo crente tudo tem seu tempo lembre-se, entregar profecias, não.
A maior profecia e a vontade de Deus neste momento.
- Não se esqueça de preencher uma ficha de
decisão para acompanhá-la no processo de integração.
A
PREGAÇÃO DO EVANGELHO E O REINO DE DEUS
O Reino de Deus é o tema de todas as
pregações do Senhor Jesus e seus ensinos.
O Reino de Deus não era só um tema do novo
testamento e nem um dos temas principais, mas sim, O TEMA de todo novo
testamento. Todos os outros temas são subtemas deste grande Tema, O Reino de
Deus.
Existem expressões paralelas na Bíblia. O
Reino de Deus e o Senhorio de Cristo. Podemos observar isto no Salmo 145:13,
segundo o paralelismo hebreu as duas frases estão dizendo a mesma coisa.
Salmo 145:13 = O teu reino é o de todos os
séculos, e o teu domínio subsiste por todas as gerações. O SENHOR é fiel em
todas as suas palavras e santo em todas as suas obras.
Reino de Deus e Reino dos céus significam
exatamente a mesma coisa. A mesma mensagem de Jesus, Mateus disse “Reino dos
céus” e os outros Evangelhos dizem “Reino de Deus”.
O
EVANGELHO QUE O SENHOR JESUS PREGOU
Isaías profetizou qual seria o Evangelho que
pregaria O Senhor Jesus: Isaías 52:7 = Que formosos são sobre os montes os pés
do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que
faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!
A mensagem de João Batista: Mateus 3:2 =
Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.
O Senhor Jesus começou o seu ministério com a
mensagem do Reino de Deus: Mateus 4:17 = Daí por diante, passou Jesus a pregar
e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. Em toda
Galiléia Jesus pregou o Evangelho do Reino de Deus: Mt.4:23 = Percorria Jesus
toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e
curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. / Mc.1:14-15 =
Depois de João ter sido preso, foi Jesus para a Galiléia, pregando o Evangelho
de Deus, 15 dizendo: O tempo está
cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no Evangelho.
Em todas as Cidades e Aldeias de Israel Jesus pregou o Evangelho do Reino de
Deus: Mt.9:35 = E percorria Jesus todas as cidades e povoados, ensinando nas
sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e
enfermidades. Lucas 8:1 = Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de cidade
em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o Evangelho do reino de
Deus, e os doze iam com ele,
O Senhor Jesus sabia muito bem porque tinha
sido enviado. Para pregar o Evangelho do Reino de Deus: Lucas 4:42-43 = Sendo
dia, saiu e foi para um lugar deserto; as multidões o procuravam, e foram até
junto dele, e instavam para que não os deixasse. 43 Ele, porém, lhes disse: É necessário que eu
anuncie o Evangelho do reino de Deus também às outras cidades, pois para isso é
que fui enviado.
O Senhor Jesus enviou os doze para pregar a
mesma mensagem do Reino: Lucas 9:1-2 = Tendo Jesus convocado os doze, deu-lhes
poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas. 2 Também os enviou a pregar o reino de Deus e a
curar os enfermos.
Enviou os setenta para pregar O Reino de
Deus: Lucas 10:1,8-9 = Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os
enviou de dois em dois, para que o precedessem em cada cidade e lugar aonde ele
estava para ir. 8 Quando entrardes numa
cidade e ali vos receberem, comei do que vos for oferecido. 9 Curai os enfermos que nela houver e
anunciai-lhes: A vós outros está próximo o reino de Deus.
Lucas fez um resumo significativo de toda a
mensagem do Senhor Jesus: Lucas 16:16 = A Lei e os Profetas vigoraram até João;
desde esse tempo, vem sendo anunciado o Evangelho do reino de Deus, e todo
homem se esforça por entrar nele.
Jesus anuncia que antes do seu regresso será
pregado em todas as nações este Evangelho do Reino: Mt.24:11-14 =
levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. 12 E, por se
multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. 13 Aquele, porém,
que perseverar até o fim, esse será salvo. 14 E será pregado este Evangelho do
reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.
O TEMA
DOS ENSINOS DO SENHOR JESUS CRISTO
O Senhor Jesus ensinava de duas maneiras: em
forma direta e por parábolas. O Evangelho de Mateus resume os ensinos diretos
de Jesus em três capítulos: 5,6,7, conhecido como o Sermão do Monte.
No capítulo 5:2 o verbo ensinar no grego é:
didaskein. De modo que, este sermão é um sermão de ensino e não somente do
monte. Ao concluir este sermão no capítulo 7:28 o texto diz: estavam as
multidões maravilhadas da sua doutrina. Este substantivo, traduzido por
doutrina ou ensino, é o grego “didaque”, ele provém do verbo didaskein. O
conceito bíblico de doutrina não é teologia ou credo, senão ensino. São os
ensinos do Reino. Em sua maior parte constam como mandamentos (no modo
imperativo), e revelam a vontade de Deus para a vida e conduta de seus
discípulos e todas as pessoas.
Nos três capítulos (5,6,7) de Mateus Jesus
ensina sobre o Reino:
Nas bem-aventuranças: 5:3, 5:10;
No Pai nosso: 6:10 e 13;
Nas prioridades da vida: 6:33;
Ao ensinar sobre quem seria salvo: 7:21-23.
Em todas as parábolas de Mateus (um total de
14) o tema era sempre o mesmo, O Reino de Deus.
As sete parábolas do capítulo 13 de Mateus:
A semente é a palavra do Reino: segundo o
v.19
O Reino dos céus é semelhante a um homem que
semeou boa semente: v.24
O Reino dos céus é semelhante a um grão de
mostarda: v.31
O Reino dos céus é semelhante a o um
fermento: v.33
O Reino dos céus é semelhante a um tesouro
escondido: v.44
O Reino dos céus é semelhante a comerciante:
v.45
O Reino dos céus é semelhante a uma rede:
v.47
As outras 7 parábolas no Evangelho de Mateus:
O Reino dos céus é semelhante a um rei que
quis ajustar contas: 18:23
O Reino dos céus é semelhante a um pai de
família: 20:1
Um pai que tinha dois filhos: 21:28-32
Um pai de família que plantou uma vinha:
21:33-43
O Reino dos céus é semelhante a um rei que
fez festa para as bodas de seu filho: 22:2
O Reino dos céus é semelhante a dez virgens:
25:1
O Reino dos céus é como um homem que...
v.25:14
Jesus durante seus três anos e meio de
ministério pregou e ensinou sempre o Reino de Deus. Finalmente quando morreu na
cruz, ressuscitou ao terceiro dia, apareceu aos seus por quarenta dias.
O Senhor Jesus ressuscitado. Qual foi o
assunto de Jesus com os seus durante 40 dias?
Lucas, em Atos 1:3 diz: A estes também,
depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis,
aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao
reino de Deus. Como se não fosse o bastante durante os três anos e meio falar
sobre este tema, agora em seus últimos quarenta dias ressuscitado ele lhes fala
sobre o mesmo tema!
O TEMA
DA PREGAÇÃO DOS APOSTÓLOS
PEDRO NO PENTECOSTES: Apresentou a Jesus como
aquele que se assentou no trono de Davi, para Reinar para sempre. Concluiu a
sua mensagem apresentando a Jesus como SENHOR – Atos 2:29-36
FELIPE EM SAMARIA: Pregou o Evangelho do
Reino de Deus – Atos 8:12
PAULO EM ÉFESO: Primeiro, por três meses na
sinagoga falou sobre o Reino de Deus (Atos19:8). E logo define o seu ministério
de três anos nessa cidade dizendo: Agora, eu sei que todos vós, em cujo meio
passei pregando o reino, não vereis mais o meu rosto. (Atos 20:25).
PAULO PRESO EM ROMA: Pregou o Reino de Deus:
Atos 28:23 e 30-31.
O TEMA NAS EPÍSTOLAS:
A expressão Reino de Deus, ou Reino dos céus,
ou simplesmente Reino, aparecem 133 vezes no novo testamento. Na maioria das
vezes nos quatro Evangelhos e no livro de Atos.
Nas epístolas o tema segue sendo o mesmo,
porém o que muda é só a expressão. Se bem que, a expressão Reino de Deus
aparece nas epistolas, como em Rm.14:17/1Cor.4:20,6:9, Col.1:13, e outros, no
entanto não é freqüente como nos Evangelhos.
A síntese do Kerigma (proclamação) de Jesus
Cristo era: “O Reino de Deus é chegado”.
A diferença da proclamação do Kerigma dos apóstolos era: “Jesus Cristo é
o Senhor”. Estas duas expressões: Reino
e Senhorio são sinônimos, como podemos observar a expressão do Salmo 145:13.
A palavra “Senhor” (KIRIUS no grego) no novo
testamento, quando se refere a Cristo ela se repete mais de 600 vezes. Dessas
600 vezes, 260 estão nas epistolas de Paulo.
Porque os apóstolos, e especialmente Paulo,
preferiram usar mais a palavra KIRIUS que REINO?
Existem duas razões: Cultural/ Teológica.
1)A RAZÃO CULTURAL: Os judeus podiam entender
bem o conceito do Reino de Deus. Para eles a autoridade máxima havia sido
sempre um rei. Porém, quando o Evangelho se estendeu para o império romano,
este império havia muitos reinos e muitos reis debaixo da autoridade de César.
O máximo título do império usado pelo o imperador a quem se dizia o Kirius,
dono e senhor do império, máxima autoridade, com ambição de ser “deus”. Paulo
teve lucidez espiritual e intelectual de entender que se usasse a expressão
reino falaria de Jesus como um Rei, no contexto da época, colocaria Jesus em um
nível inferior ao de César. Por isso, preferiu por revelação do Espírito Santo,
falar do Senhor Jesus o KIRIUS.
2)A RAZÃO TEOLÓGICA: O Pai exaltou o Filho, ressuscitou dentre os mortos e o
assentou a sua direita na majestade, e lhe deu o nome que está acima de todo o
nome. E deu uma ordem universal a todos os seres do universo, anjos, demônios e
seres humanos: que todos devem se prostrar diante do Filho e confessar, Jesus
Cristo é o Senhor! Fil2:5-11; Ef.1:20-22
O Pai entregou o Reino a seu Filho. Por isso
agora é o Reino do seu Filho amado (Cl.1:13). Quando todo estiver concluído e
colocar todos os inimigos submetido debaixo de seus pés, o Filho novamente
entregará o Reino ao Pai. (1Cor.15:24-28).
O TEMA
EM APOCALIPSE
Não há nenhuma dúvida que o tema dominante em
Apocalipse seja o Reino de Deus. A visão central é o Trono de Deus. Jesus
Cristo é o Senhor, é soberano sobre os reis da Terra, é o cordeiro imaculado
que está assentado no Trono, é o vencedor absoluto.
Tudo deve ser visto dentro desta perspectiva:
A adoração universal, os juízos, as lutas e a vitória final. Muitas coisas
estão acontecendo na Terra, porém, Jesus Cristo é o Senhor e segue sempre no
Trono.
Finalmente termina dizendo que de um modo
pessoal e direto. Em suas vestes e em sua coxa esta escrito: REI DOS REIS E
SENHOR DOS SENHORES. Julgará os vivos e os mortos. E estabelecerá
definitivamente o seu Reino sobre a Terra!
“Seu é o Reino, o poder e a Glória, pelos
séculos dos séculos! Amém!
A VIDA
O REINO DE DEUS
O Reino de Deus não é um lugar, um
território. Não é o céu. Não é a Igreja. Não é alguma coisa, um objeto, um
estado. É o governo do Supremo Deus sobre todo o Universo, sobre todas as
coisas visíveis, invisíveis e todos os seres vivos criados pelo SENHOR.
Gramaticamente falando, a palavra Reino é um
substantivo. Existem substantivos que indicam coisas, pessoas, lugares,
sentimentos, etc. Mas, também existem substantivos que indicam ação, por
exemplo: a palavra salvação é substantivo que indica ação. O dicionário traduz
esta palavra como: ação de salvar. Preparação: ação de preparar. Reino é um
substantivo que indica uma ação. REINO é uma ação de reinar. O Reino de Deus é
uma ação. Essa ação é um ato, é a realidade mais absoluta do universo. O Reino
de Deus é o reinar de Deus. Esta realidade não se pode ser vista pelos olhos
físicos. Por isso Jesus disse que: “todo aquele que não nascer de novo não pode
ver o Reino de Deus” (João 3:3)
O universo não está na deriva, no universo
existe um centro e neste centro existe um trono, neste trono Deus está
reinando. Ele REINA! E sempre reinou! O seu Reino é um Reino de todos os
séculos e seu Senhorio de todas as gerações. O seu trono está firme eternamente
e para sempre. Ele reina sobre tudo o que existe, Ele sustenta todas as coisas
através da palavra do seu poder. Ele é a autoridade suprema do universo, Reina
sobre os anjos, sobre principados e potestades, sobre satanás e seus demônios. Reina sobre as nações, sobre
os reis, sobre os homens, sobre a natureza. Ele é o Senhor da história!
O Reino de Deus significa que Ele é o dono de
tudo o que existe. Ao SENHOR pertence a terra e tudo o que nela se contém, o
mundo e os que nele habitam. (Sl.24:1).
Tudo o que existe no mundo pertence ao
Senhor. Todos os campos, as montanhas, os mares, os peixes, os animais. Toda a
fauna, os minerais, os homens, tudo, absolutamente tudo pertence ao SENHOR.
Legitimamente, por direito inerente, Ele é o
criador de tudo. Nós não somos donos de nada, nada é nosso. Nosso corpo, nossa
família, nossos filhos, terreno, a casa, o dinheiro, o tempo, a saúde, os dons,
os talentos; tudo, absolutamente tudo pertence ao Senhor.
Ele é o juiz universal. Um dia todos nós
devemos nos apresentar diante dele para prestarmos contas do que fizemos e o
que decidimos em nossas vidas que Ele nos deu se vivemos de acordo com a
vontade de Deus ou a nossa. Tudo o que fizemos com os nossos bens que nos foi
confiado para que administrássemos. Nada será escondido neste dia. E, assim
como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo
(Hb.9:27).
Esse Rei do universo se fez homem na pessoa
de seu Filho, o Santo Filho do Deus Altíssimo, o Verbo Eterno se fez carne, o
Rei se fez servo, o dono de tudo se fez pobre, o criador se tornou criatura, o
juiz deixou a sala do trono para ocupar o lugar do réu, de pecador.
Por quê? Para que? Por que todos nós
estávamos rebelados contra o seu Reino, pecamos contra Ele, desconhecíamos a
sua autoridade, vivíamos como queríamos, mas Ele nos amou. Ele veio para nos
salvar, para nos dar uma nova oportunidade. Veio nos chamar para o
arrependimento, nos chamar para o seu Reino. Por foi por todas as partes
anunciando as boas noticias do Reino, dizendo: dizendo: O tempo está cumprido,
e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no Evangelho. (Mc.1:15).
O Reino de Deus chegou? Onde? Como? Aquele
que reina está entre nós, bem-aventurados os que crêem, bem-aventurados os
humildes, os que choram, os mansos... Por que deles é o Reino de Deus. Daqueles
que buscam primeiro o Reino de Deus que desejam que Ele governe a sua vida, as
demais coisas são secundárias, o Pai nos dará as demais coisas. Aqueles que
quando oram rasgam o seu coração dizendo: Pai nosso, que estás nos céus,
santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na
terra como no céu (Mt.6:9-10).
O Santo Filho de Deus, para poder salvar-nos
carregou nossos pecados sobre o seu corpo, morreu na cruz em nosso lugar, pagou
a nossa condenação. Mas ao terceiro dia, ressuscitou, foi exaltado pelo Pai, se
assentou em seu trono, e o Pai o fez Senhor!
Hoje nós devemos fazer iguais ao Senhor Jesus
e aos apóstolos, devemos pregar o Evangelho do Reino de Deus. E devemos dizer como
Paulo (Rm.10:8-9).
Esta é a palavra que devemos pregar: Se, com
a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o
ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Para que Jesus seja o nosso Salvador, devemos
reconhecê-lo como Senhor.
O
EVANGELISMO, O USO DA MÍDIA E DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Os meios de comunicação são poderosos
instrumentos para você alcançar as massas de pessoas. O Senhor Jesus e o
Apóstolo Paulo certamente usaram os princípios de comunicação de massa ao
viajarem para os locais onde havia um grande número de pessoas. Jesus viajou de
cidade em cidade e de aldeia em aldeia. E o Apóstolo Paulo pregava nas praças
públicas, em sinagogas e até mesmo na Colina de Marte, em Atenas.
Muitas igrejas tentam comunicar o Evangelho
por meio da mídia de massa, mas muito poucas se comunicam de forma eficaz. O
evangelismo através da mídia é caro, e muito dinheiro é desperdiçado. Se a sua
igreja decide desenvolver um ministério de mídia, mantenha os seguintes
princípios em mente:
Princípio 1: Quase todos os brasileiros
assistem à televisão e ouvem rádio todos os dias.
Obviamente, o rádio e a televisão podem
transmitir uma mensagem às massas muito rapidamente. É por isso que as empresas
gastam milhões para fazer propaganda de seus produtos no rádio e na televisão.
Se você quer alcançar um grande número de pessoas com uma mensagem breve, o
rádio e a televisão são a maneira de fazê-lo. Sem dúvida, os meios de
comunicação podem melhorar o evangelismo.
Princípio 2: A mídia de massa não pode
substituir o envolvimento pessoal.
Quando as igrejas começaram a televisionar os
serviços de culto, muitos pensaram que as pessoas iriam parar de frequentar as
igrejas. Alguns jornalistas esportivos expressaram a mesma opinião quando os
jogos de futebol foram pela primeira vez para a televisão. É claro que esta
previsão não se realizou. As pessoas querem estar envolvidas pessoalmente. Um
programa de televisão ou de rádio não pode apertar a sua mão ou dar-lhe um
abraço. Os meios de comunicação só podem ser eficazes no evangelismo quando há
algum tipo de acompanhamento pessoal com aqueles que estão tomando decisões.
Princípio 3: Direcione o seu programa para
pessoas perdidas.
Muitos programas de igrejas que assisto não
apelam para os perdidos. Eles perdem o público-alvo por duas razões básicas.
Primeiro, eles transmitem nos canais errados. Vários programas destinados a
alcançar os perdidos são veiculados em emissoras cristãs. Estas estações
certamente merecem o nosso apoio e orações. Elas ministram para os cristãos, e
muitos de outras denominações têm sido abençoados com novas explicações da
Palavra de Deus, mas poucas pessoas seculares ouvem ou assistem a estas
estações. Se você quiser alcançar os perdidos, você precisa descobrir que
canais e horários elas gostam. Pesquisas revelaram que as pessoas que vêem
“televangelistas” são na sua maioria idosos, mulheres (60-73%) e membros de
igrejas. Segundo, o conteúdo, o formato e o vocabulário usado em seus programas
não são projetados para atrair os perdidos. Assim, os programas simplesmente
não são atraentes para eles. Se você está inseguro sobre o que fazer, procure
aconselhamento profissional e peça a algumas pessoas sem igreja a sua opinião
de um programa piloto.
Princípio 4: Peça aos seus telespectadores
para ligar ou convidar alguém. É importante personalizar o programa, tanto
quanto possível. Quando você concluir o programa, incentive as pessoas a
escreverem para o orador ou o apresentador do programa. Isso vai permitir que
você forneça aos ouvintes aconselhamento e literatura, além de ajudá-lo a
contatar os interessados que o seu programa está alcançando.
Princípio 5: Estabeleça um logotipo e um
slogan.
Se você quiser que o seu programa promova o
crescimento de sua igreja, você precisa desenvolver um logotipo e um slogan.
Use o logótipo e o slogan em seus programas, cartazes, papelaria, boletins da
igreja, adesivos para carros, placas de quintal, e em murais da igreja. A
repetição é a chave para a comunicação.
Princípio 6: A qualidade é mais importante do
que a quantidade.
Você faria melhor se desenvolvesse um
programa especial, produzido com excelência, a tentar transmitir um programa
semanal com amadorismo. Tenho observado vários programas apresentados por igrejas
evangélicas e neopentecostais, mas a qualidade é sofrível. Eu não posso
imaginar uma pessoa perdida assistindo a estes programas, muito menos sendo
atraídos para Cristo. Se você deseja fazer um programa de TV, tente fazê-lo
direito.
Princípio 7: Se você quiser alcançar uma
cidade, você precisa usar a TV regularmente.
A televisão ajuda a desenvolver tanto o nome
quanto o reconhecimento facial. Se você é amplamente reconhecido, pode se
tornar o pastor da cidade.
Princípio 8: Testemunhos pessoais são eficazes
em alcançar pessoas perdidas.
Poucas técnicas são mais eficazes do que o
testemunho pessoal, que pode ser usado em muitos ambientes, incluindo o rádio e
a televisão. Certifique-se de que as pessoas que você escolheu pratiquem e
coordenem o tempo dos seus depoimentos antes de ir para o ar.
Princípio 9: Mensagens complexas são difíceis
de comunicar por rádio e televisão.
Os comunicadores estão sempre à procura de um
“sound bite”, uma declaração curta e concisa, que transmita uma mensagem. Se
você quer comunicar o Evangelho pelo rádio e televisão, você deve dominar esta
técnica. Por outro lado, muitas igrejas e ministérios têm comprometido o
Evangelho, permitindo que as demandas do meio afetem a pureza de sua doutrina.
Devemos apresentar o Evangelho de uma forma simples e atraente, mas nunca
comprometer a verdade.
Princípio 10: Imagens visuais são
importantes. As gerações mais jovens são orientadas visualmente. Um programa de
televisão com muito diálogo e informações pode ter um pouco mais de efeito do que
um programa de rádio. Use imagens visuais para comunicar a mensagem da
salvação.
O ministério da mídia inclui a publicidade e
o evangelismo. Ambos são importantes. Você precisa informar a sua comunidade
sobre a sua igreja, porque as pessoas não poderão vir se elas não sabem que ela
existe. Não seja tímido em pedir conselhos. Se você não tem pessoas treinadas
em sua igreja, consulte profissionais. Os cristãos gastam muito dinheiro em
“Evangelho de radiodifusão,”, mas poucas pessoas assistem ou ouvem os seus
programas. Uma mistura de vários métodos de mídia (radio, TV, internet, etc.) é
melhor tanto para a publicidade quanto para o evangelismo. Independentemente da
abordagem que você escolher, leve-o para onde estão as pessoas.
A
PREGAÇÃO DO EVANGELHO, UMA TAREFA PARA TODOS
A ordenança de Cristo é para buscarmos as
ovelhas perdidas (Lucas 15.4-7), ou seja, anunciar o Evangelho aos que não
conhecem a Palavra que cura, liberta e salva, pela aspersão do sangue de
Cristo.
Esses testemunhos e recomendações do Senhor
vêm para nos encorajar a assumirmos a obra do ministério, para a qual fomos
chamados. E, para anunciar o Evangelho não há necessidade de ingressar em curso
bíblico de discipulado, faculdade de teologia, nada disso, aliás, não deve,
porque você tem em suas mãos a maior fonte de sabedoria e inspiração, a BÍBLIA
SAGRADA. É só buscar a unção no Espírito Santo de Deus, meditar, e Ele vos
ensinara todas as coisas (1João 2.27).
Porque foste chamado por decreto do Altíssimo
e o seu compromisso com a obra de Deus não veio por acaso, talvez você não
tenha dimensão da grandeza do seu ministério, e certamente não é esquentar
banco congregação alguma. Mas, vai para os teus e anuncia quão grandes coisas o
Senhor te fez e como teve misericórdia de ti.
Considerando que Cristo orientou a igreja de
forma imperativa pelo “IDE” (Marcos 16.15), então perguntamos: A quem designou
Jesus a pregar o Evangelho?
Na sua concepção a ordenança é somente para a
liderança das instituições religiosas, aos missionários especificamente
treinados ou para todos que receberam a oferta da salvação?
Vamos meditar na Verdade legada no Evangelho
do nosso Salvador.
Em Mateus 25.14-30, a Palavra descreve a
Parábola dos Talentos, sobre a qual, disse o Senhor Jesus: Partindo um homem
para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens. A um
deu cinco talentos, e a outros dois, e a outro um, a cada um segundo a sua
capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que recebera
cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos. Da mesma
sorte, o que recebera dois, também granjeou outros dois. Mas o que recebera um
foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor. E, muito tempo
depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. E,
aproximou-se o que recebera cinco talentos e trouxe-lhe outros cinco talentos.
Como também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me
dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos. Mas, chegando
também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem
duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e,
atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que
ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias, então, ter dado o meu
dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os
juros. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a
qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o
que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores;
ali, haverá pranto e ranger de dentes.
O talento é uma peça de ouro ou prata usada
como dinheiro (2 Reis 18.14) que no tempo do Reinado de Cristo aqui, era
equivalente a seis mil Dracmas (Mateus 25.15).
Como tivemos a oportunidade de conhecer,
durante o tempo do Senhor Jesus na terra, o talento era uma espécie de moeda
corrente em sua região, mas, o talento aqui por Ele citado, não era uma unidade
monetário do sistema comercial.
Entretanto, neste texto, o Senhor Jesus
demonstra numa narrativa alegórica, comparando valores de ordem material, em
alusão ao que está no nível superior falando de coisas espirituais, comparando
a obediência e respeito de um servo fiel ao seu senhor, e a grandeza da obra
salvadora da vida eterna pela pregação do seu Evangelho.
O Senhor usa a figura da moeda, mas num
domínio espiritual, O qual exaltou aos servos multiplicadores da dádiva,
dizendo: Fostes fiel no pouco, sobre o muito te colocarei. Entre no gozo do teu
senhor. E o muito, prometido aos servos fiéis, não era bens materiais, mas era
muito mais que isso, porque se referia ao gozo da vida eterna, pois na metáfora
de Cristo, os talentos são almas preciosas resgatadas pela aspersão do seu
próprio sangue, narrado em parábola para os que hoje recebem a oferta da
salvação, exemplificando que devemos proceder como os servos bons e fieis, isto
é, trabalhar para anunciar o Reino de Deus e as virtudes da vida eterna, para
honrar o chamado do Mestre e multiplicar a oferta da vida eterna.
Observe a recomendação do Senhor Jesus, em
João 15.16: Não me escolhestes vós a mim, mas eu escolhi a vós, e vos nomeei,
para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo
quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
Amados, por ocasião do chamado a tomar posse
da oferta da salvação através do arrependimento e conversão pela aspersão do
sangue de Cristo, a dádiva não é para se usar individualmente, ou guardar a
promessa em sigilo, mas precisamos compartilhar a graça e multiplicar almas
para o Reino do Senhor Jesus, anunciando a salvação para os que não conhecem o
Evangelho, para que também sejam libertos dos pecados e venham a receber o dom
da vida eterna.
Porque o compromisso para fazer a obra de
Deus e anunciar a salvação aos que andam em trevas, não é exclusividade apenas
do líder da comunidade evangélica ou de um grupo de missionários treinados
especialmente para fazer a evangelização, mas todos que recebem o talento (a
graça da salvação) devem, isto é, tem o dever e o compromisso de anunciar o
Evangelho para fazer a obra de Cristo.
Mas aquele servo que recebe as virtudes do
Espírito Santo para salvação, e toma para si o ministério de “esquentar banco”,
ainda que tenha participação ativa na sua comunidade evangélica, mas, se não
evangelizar e não ganhar almas para Cristo, esse servo é inútil e estará enterrando
o talento que lhe fora confiado para multiplicá-lo. Pois a palavra do Senhor na
primeira carta aos Coríntios 12.31 descreve: Procurai com zelo os melhores
dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.
Mas se não anunciar ao Evangelho, certamente,
no grande e terrível dia do Senhor, vai ouvir do próprio Senhor Jesus, as
mesmas palavras da parábola, a qual diz: Mau e negligente servo; sabes que
ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei; devias, então, ter
multiplicado almas para o meu Reino. Tirai-lhe, então o dom da graça da
salvação e lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali, haverá
pranto e ranger de dentes.
Em sustentação à Parábola dos Talentos, a
Parábola do Semeador (Evangelho de Marcos 4.1-20), conta que o Senhor Jesus
ensinava junto ao mar para uma grande multidão; fazendo menção do pregador de
boas novas ao semeador, o qual disse: E o semeador saiu a semear, e uma parte
da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram. E outra
caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu, mas logo morreu
porque não tinha terra profunda, e outra caiu entre espinhos, e os espinhos a
sufocaram e não deu fruto. Mas outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou
e cresceu; e um produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem. E, no versículo
14 deste capítulo Jesus instrui que, o que semeia, semeia a palavra; e os que
recebem a semente em boa terra são os que ouvem a Palavra e dão fruto, um, a
trinta, outro, a sessenta, e outro, a cem, por um, multiplicando assim o
talento recebido.
Na carta aos Romanos 10.14-17, a Palavra faz
um verdadeiro apelo para que todos anunciem o Evangelho, meditemos: Todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo. Mas como, pois, invocarão aquele em
quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se
não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito:
Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas! De
sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir a palavra de Deus.
Irmãos, o compromisso para anunciar o
Evangelho é muito sério, medite nas palavras do nosso irmão Paulo, descritas em
1Coríntios 9.16,: Porque, se anuncio o Evangelho, não tenho de que me gloriar,
pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o Evangelho!
Semelhantemente, em Mateus 9.36-38, vendo
Jesus a multidão, teve grande compaixão deles, porque andavam desgarrados e
errantes como ovelhas que não têm pastor. Então advertiu aos seus discípulos
dizendo: A seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros.
Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
ceifeiros para a sua seara. E neste texto, apesar da advertência ter origem no
Antigo Testamento (Ezequiel 3.18-21), é uma profecia, e se ajusta plenamente
para nós, apreciem a ordenança do próprio Senhor Deus: Quando eu disser ao
ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio
acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na
sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, se avisares o
ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele
morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.
Semelhantemente, quando o justo se desviar da
sua justiça e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá;
porque, não o avisando tu, no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara
não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei. Mas, avisando
tu o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá,
porque foi avisado; e tu livraste a tua alma.
Essa orientação do Senhor foi ratificada no
Novo Testamento e citada por Paulo no livro de Atos 20.26, 27, dizendo: No dia
de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos; porque nunca deixei
de vos anunciar todo o conselho de Deus. E o capítulo 5 de Marcos, conta que na
província de Gadareno, havia um homem que era possuído por uma legião de
espíritos imundos, o qual morava em sepulcros e cadeia alguma podia lhe
segurar, mas vindo Jesus, expulsou os espíritos e esses tomaram uma manada de
porcos, que se precipitou no mar, morrendo todos.
E o homem ficou liberto, e pediu a Jesus que
deixasse ir com Ele. Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para
tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e
como teve misericórdia de ti. E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis a
benignidade de Jesus e todos se maravilhavam.
Assim também, a mulher samaritana (João 4)
deixou o seu cântaro, e foi à cidade, e anunciou Jesus aos homens. E muitos dos
samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher. E os chamados
pelo Senhor Jesus, Ele os capacitará a cada um com os dons espirituais para
fazer a obra, ainda que produza apenas trinta frutos, grande será o galardão no
Reino de Deus.
Pois no livro de Lucas 24.47, Jesus ordenou
que em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em
todas as nações, começando por Jerusalém. Outra peculiaridade interessantíssima
vem na segunda carta aos Coríntios 10.15, 16, onde a Palavra faz uma séria
advertência, a qual não está sendo observada por muitos, e, principalmente
pelos pregadores, vejamos:
Não nos gloriando fora de medida nos
trabalhos alheios; antes, tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos
engrandecidos, para anunciar o Evangelho nos lugares que estão além de vós, e
não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que já estava preparado.
Evangelismo é levar a mensagem do Evangelho a
todos àqueles que não demonstraram compromisso com Cristo e com Sua igreja.
Existem muitas deturpações na pregação do Evangelho aos incrédulos, a maioria
delas tentando tornar o Evangelho “atraente” aos descrentes, negligenciando a
atuação soberana da Trindade (Jo 16.8-10; 17.6-9, 20-21).
A pregação do Evangelho não é:
O anuncio de que está tudo bem conosco –
muitos cristãos têm o hábito de levar o Evangelho como se tudo estivesse bem na
vida da pessoa, necessitando apenas que essa faça uma “decisão por Cristo” para
ter a vida eterna e desfrutar da comunhão da igreja. Mas, se tudo está certo,
por que as pessoas precisam mudar suas rotinas e seus valores? A verdade é que
a igreja tem omitido o verdadeiro estado do ser humano.
Cristãos que desejam levar o Evangelho de
forma fiel não deveriam omitir que todo ser humano é pecador (Rm 3.9-12, 23) e
que a consequência disso é que todos estão mortos espiritualmente (Ef 2.1), nas
mãos de satanás (2.2) e debaixo da ira de Deus (2.3; Jo 3.36). Parece estranho
para algumas pessoas pensar que o anúncio das boas novas incluam palavras de
ira e juízo, mas para trazer a mensagem de salvação é necessário mostrar a
condenação.
Apenas a mensagem do amor de Deus. Certamente
Deus é amor (1Jo 4.8), mas esta não é toda a verdade. A ênfase somente no amor
de Deus faz-nos olhar para a igreja como um grupo de pessoas mimadas que, ao
menor sinal de reprovação ou resposta negativa, alegam que Deus é amor e
aprovará suas atitudes. Amor é confundido com tolerar pecados e tais pessoas se
negam a pensar em Deus como uma pessoa que irá disciplinar o pecador. A igreja
não deve esquecer que Deus também é santo (1Pe 1.14-16), justo (Sl 7.10-12),
fogo consumidor (Hb 12.29), vingador (Na 1.2), etc.
Apenas anunciar que Jesus será nosso amigo –
é verdade que a Bíblia afirma que todo seguidor de Cristo é seu amigo (Jo
15.13-14), e isso leva pessoas a anunciar a Cristo como se Ele pudesse ser
tratado sem a devida reverência. Anunciar a Cristo dessa forma é deixar de
reverenciar Jesus como aquele que merece toda honra e glória (Ap 5.13).
Anunciar que a pessoa deve ter uma vida moral
diferente –muitos incrédulos são tão éticos, fiéis às suas obrigações como
cidadãos quanto alguns que se dizem crentes. Esse tipo de Evangelho pregado
lhes dá um argumento muito forte, pois se o Evangelho nada mais é do que a
transformação moral de uma pessoa, ele não precisa desse Evangelho. Respostas
como “_Eu não sou crente, mas sou honesto e fiel a minha esposa, diferente de
muitos crentes” são comuns, visto que não poucos ditos cristãos dão péssimo
testemunho. A pregação incompleta do Evangelho gera este tipo de debate, visto
que o cristianismo é apresentado como mais uma religião capaz de atender as
necessidades morais do ser humano.
A vida cristã envolve uma transformação de
dentro para fora, dia a dia, passo a passo (2Co 3.18). Não é uma transformação
apenas aparente – é algo genuíno, onde a atitude exterior apenas irá refletir
seu caráter cristão (Rm 12.2; 1Co 2.12-14).
Além daquelas citadas anteriormente refutando
certas alegações, devemos atentar para outras características na pregação do
Evangelho aos incrédulos. São elas:
Pregar o arrependimento de pecados e a fé em
Cristo somente – O ato externo de pregar o Evangelho deve ser praticado por
todo crente, enquanto que a atitude interna de arrependimento e fé é dada por
Deus, a única fonte da salvação (Ef 2.8; Hb 12.2). Para receber o Evangelho a
pessoa precisa arrepender-se e ter fé. Não existe uma ordem de acontecimentos,
pois um não pode vir sem o outro. Se existisse uma fórmula, diríamos que
arrependimento + fé = conversão.
Arrependimento é mudar de direção, é agir de
forma diferente àquilo que era de costume. Na doutrina da salvação,
arrependimento é uma mudança de pensamento e atitude com relação à Deus e a Sua
Palavra (Mt 21.28-30; At 2.36-38).
Além de mudar o pensamento, o arrependimento
muda a atitude da pessoa. O verdadeiro arrependimento faz o ser humano
regenerado sentir ódio e tristeza contra o pecado (Sl 97.10; 2Co 7.9; 1Ts 1.9).
A Escritura deixa claro que o arrependimento
não é um simples sentimento, mas mudança de atitude. Sendo assim, quando existe
um verdadeiro sentimento de arrependimento com relação aos pecados cometidos,
existe também a renúncia dessas práticas pecaminosas (Pv 28.13).
Não poderíamos deixar de dizer que o
arrependimento não está no coração do ser humano. Muito pelo contrário, o ser
humano por si só nunca se arrependeria (Rm 3.10-12). Portanto, o arrependimento
não é uma obra humana mas sim um dom de Deus, baseado em Sua bondade (2Tm 2.25;
Rm 2.4).
A próxima questão abordada com relação à
recepção do Evangelho é a fé. Como já foi falado, o arrependimento não anda sem
a fé e vice versa.
A fé salvadora não é mero conhecimento sobre
a existência de Deus, de Seu filho Jesus Cristo ou na atuação do Espírito
Santo. Isso porque até os demônios crêem na existência de Deus e nem por isso
possuem a salvação (Tg 2.19; 2Pe 2.4; Jd 1.6).
Fé é abandonar a confiança nos próprios
recursos e confiar plenamente em Deus, dependendo completamente da obra
salvadora de Jesus Cristo (Jo 3.16-18; Ef 2.8-10).
Essa é a fé salvadora, que a pessoa crê
quando Jesus Cristo é apresentado de acordo com as Escrituras (Jo 1.12; 1Jo
5.10-12). A fé é um dom de Deus, ou seja, Ele é quem a origina (Ef 2.8; Hb
12.2). Caso a salvação fosse porque cremos por nossa própria capacidade, a
salvação seria por obras, algo totalmente contrário a Bíblia, que demonstra a
nossa incapacidade de crer por nós mesmos (Rm 3.10-12).
Pregar as dificuldades existentes na vida
cristã – tremenda falácia é aquela que supostos ministros do Evangelho afirmam
sobre a vida cristã. Esses erram convictamente ao dizerem que a vida cristã
será uma vida apenas de “vitórias”. Não estamos discordando que o cristão é um
vencedor, pois a Escritura relata que os cristãos são mais que vencedores em
Cristo (Rm 8.37).
Mas o texto tão usado como argumento para o
triunfo financeiro, pessoal ou relacional cai por terra quando o texto é
interpretado dentro do seu contexto. O apóstolo Paulo está escrevendo a pessoas
que passavam por profundas dificuldades, perseguições, confisco de bens,
ataques demoníacos e condenação a morte (Rm 8.33-39). Esse é o glorioso estado
do cristão que, mesmo em meio as mais profundas dificuldades, permanece como um
vencedor, pois “nada poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.39).
Jesus Cristo afirmou que o cristão enfrentará
problemas familiares como consequência da fé nEle. O Evangelho verdadeiro
pregado por Jesus pode escandalizar muitas pessoas, inclusive crentes, pois Ele
afirma que o Evangelho divide famílias, pois o cristão será confrontado por sua
mudança e não será persuadido a mudar de idéia. Isso causará muitos conflitos
familiares por amor ao Salvador (Mt 10.34-39).
Além de enfrentar problemas familiares, o
cristão sofrerá perseguição por parte da sociedade, que é contrária àquilo que
vem de Deus (Jo 15.18-20). Jesus nos encoraja dizendo que existirão aflições,
mas que Ele nos transformou em vencedores (Jo 16.33). Paulo também trouxe esta
afirmação (Rm 8.37), além de dizer que devemos nos gloriarmos na tribulação,
pois ela nos dará crescimento (Rm 5.1-5). Como se não bastasse, o apóstolo
Pedro afirmou que o sofrimento por causa de Cristo deve ser visto como
privilégio (1Pe 3.14; 4.12-14). Esses textos já são suficientes para provar que
a vida cristã é cheia de desafios. Muitos cristãos sofreram consequências de
uma vida piedosa, uns com perseguição, outros sendo assasinados e ainda alguns
ficando órfãos. Como disse certo escritor: “a história da igreja foi escrita
com o sangue dos mártires”. Todo cristão deve estar disposto a renegar o que
for necessário por amor de Cristo (Hb 10.32-34).
Devemos anunciar o Evangelho Sempre que
possível, em qualquer lugar, dia, hora, e em qualquer situação. E quando saírem
especificamente para evangelizar, se possível saiam em duas pessoas, ou seja,
dois irmãos, ou marido e mulher. Andar em dois não é uma regra, mas seguir os
ensinamentos do Senhor Jesus, o qual sempre enviou os seus, de dois em dois.
A
PREGAÇÃO DO EVANGELHO E A VOLTA DO SENHOR
No fim da era apostólica, o Senhor chamou
João para remendar as redes que estavam furadas, ou seja; ajudar os irmãos a
praticarem as Suas palavras deixadas pelo ministério de Paulo e Pedro, e
sabemos que o ministério de João é o ministério do Espírito e da vida, pois
João levou as igrejas a voltar para o Espírito, para receberem vida. E isto
vemos nas suas epístolas (1,2 e 3 João) e no Evangelho de sua autoria.
Assim como João, o Senhor nos chama para este
ministério de Espírito e Vida. Dentre Seus discípulos, o Senhor escolheu doze
para estar com Ele e ser enviados a pregar, aos quais deu também o nome de
apóstolos (Marcos 3:13-14; Lucas 6:13-16). Os primeiros a serem chamados foram
Pedro e André, Tiago e João; depois o Senhor chamou mais oito. Ele não os
aperfeiçoou em uma escola ou à maneira de um treinamento militar, mas
aproveitava as viagens que faziam e os acontecimentos que surgiam no dia a dia
para ensinar Seus discípulos.
Em certa ocasião, ao ser indagado por eles
sobre Sua segunda vinda e a consumação do século, revelou-lhes que "se
levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos
em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores" (Mateus
24:7-8). Ao dizer isso Ele queria mostrar aos discípulos quais seriam os sinais
que indicariam o tempo de Sua segunda vinda, que está cada vez mais próxima.
Recentemente, grandes terremotos acometeram
países como Haiti, Chile e México. Esses acontecimentos são sinais da vinda do
Senhor, porém ainda não é o fim. O fim virá quando o Evangelho do reino já
tiver sido pregado por toda a terra habitada (Mateus 24:14).
Cada sinal e acontecimento que indique a
vinda do Senhor devem estimular-nos a prosseguir nesse encargo com mais fervor,
buscando crescimento de vida e anunciando que o reino está próximo.
Como servos de Deus, também é necessário
cumprir outro requisito: negociar os talentos que recebemos (Mateus 25:20-30).
Deus nos concedeu dons de acordo com a nossa capacidade, os quais são o
"capital" que precisamos negociar, investindo na igreja (Efésios
4:7). Embora tenhamos recebido dons e capacidades diferentes, precisamos
multiplicar nossos talentos para que a graça nos seja cada vez mais acrescentada,
tornando o nosso dom em ministério.
Assim como fez com João anteriormente, hoje o
Senhor nos chama para desempenharmos nosso ministério. Já estamos nos tempos
finais, na época que antecede a Sua vinda. Nosso desejo é que Ele nos encontre
servindo diligentemente e cumprindo o comissionamento que recebemos para
apressar Sua vinda (2 Pedro 3:12).
Estamos na contagem regressiva para a volta
do Senhor, vivendo os últimos dias, conforme temos testemunhado o aparecimento
dos sinais da sua vinda ao longo da História humana. Estes sinais têm sido mais
evidenciados em nossos dias. Cremos que depois desta Era da Igreja, virá a Era
do Reino. O chamamento de Deus para a Igreja hoje é para trazer o reino. A
vontade de Deus é que haja em cada um de nós uma verdadeira ânsia para que
venha o reino. O Senhor Jesus nos ensinou a orar pedindo para que o reino de
Deus venha sobre a terra. Venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na
terra como no céu. (Mt 6.10). Talvez você esteja se perguntando qual a relação
que existe entre evangelismo e a volta do Senhor. Mas a Palavra de Deus nos
mostra que o ato de evangelizar é também um ato profético. Quando pregamos,
estamos trabalhando para que o Reino venha.
Apressamos a vinda do Reino pela pregação do
Evangelho. O Senhor deixou bem claro que a Sua volta está completamente
relacionada com a pregação do Evangelho a todas as nações. Precisamos cooperar
para apressar a vinda do reino, e nesse sentido é fundamental que preguemos o
Evangelho do reino a todas as nações.
E será pregado este Evangelho do reino por
todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim. (Mt 24.14).
O Senhor simplesmente não voltará antes que o
Evangelho seja pregado a todas as nações. Existe uma relação íntima entre a
pregação do Evangelho do reino e a vinda do fim. O fim a que se refere o texto
certamente aponta para a volta do Senhor no fim desta era. Esta era será
concluída pelo tempo da “grande tribulação”, que culminará na vinda do Senhor
nas nuvens.
Vemos claramente que a Igreja é responsável
por trabalhar com Deus para que o reino seja trazido. Uma vez que o reino só
virá com o fim desta era, precisamos pregar o Evangelho do reino para
apressarmos o fim. Esse é o motivo pelo qual o Evangelho do reino deve ser
pregado.
A vontade de Deus, porém, não é que
simplesmente preguemos para que as pessoas fiquem sabendo e sejam
indesculpáveis, mas que preguemos para obter frutos. O alvo da pregação é que
pessoas sejam salvas do domínio de Satanás.
O Evangelho do Reino é a palavra profética
para o estabelecimento da vinda do Rei.
Todos nós sabemos que o reino será o tempo
quando Cristo e os crentes vencedores reinarão. Mas precisamos ir mais, além
disso. O reino também nos fala de uma esfera de domínio, do lugar onde o rei
governa. O reino, portanto, fala do governo de Deus sobre os homens. Alguns
insistem em distinguir o Evangelho da graça do Evangelho do reino. Creio que
essa distinção é desnecessária; mas, para efeito de compreensão, podemos dizer
que o Evangelho da graça diz respeito à bênção de Deus sobre o homem e que o
Evangelho do reino está relacionado à oposição à opressão demoníaca de Satanás.
Todas as vezes que o reino chega, as obras do diabo devem ser desfeitas.
Assim, o Evangelho do reino consiste em tirar
as pessoas de debaixo da opressão do império das trevas e trazê-las para o
reino de Deus.
O Evangelho que Jesus pregou foi o Evangelho
do reino. Ele inclui não apenas o perdão dos pecados (Lc 24.47) e o novo
nascimento (Jo 20.31), mas também o reino dos céus (Mt 24.14) e a manifestação
do poder de Deus para expulsar demônios e curar enfermos (Is 35.5-6 e Mt 10.1).
O perdão dos pecados e o novo nascimento são para entrar no reino, mas a
expulsão de demônios e a cura de enfermos são a manifestação do governo do
reino.
A pregação do Evangelho do reino, como vemos
na vida do Senhor Jesus, envolve duas coisas: a libertação dos oprimidos e a
cura dos enfermos.
A primeira e mais evidente obra de Satanás é
a possessão demoníaca. Todas as vezes que pregamos o Evangelho, devemos esperar
o confronto com as trevas e uma libertação dos homens será sempre necessária.
Se, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o
reino de Deus sobre vós. (Mt 12.28)
O reino pode ter muitos significados, mas o
que o Senhor menciona aqui deve ser colocado acima de tudo o mais. O reino é a
oposição direta ao governo do diabo. O Senhor declara que o reino é a expulsão
de demônios. O reino é a manifestação da autoridade do céu. A segunda coisa relacionada
à pregação do Evangelho do reino é a cura de enfermos.
Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando
nas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e
enfermidades entre o povo. (Mt 4.23)
A expulsão de demônios e a cura de enfermos
aparecem associadas à pregação do Evangelho do reino. Não podemos separar a
pregação do Evangelho da manifestação dos poderes do reino de Deus. A Igreja
foi escolhida por Deus para resistir a Satanás e para introduzir o reino de
Deus na terra. É por isso que na primeira menção de “igreja” na Bíblia, ela vem
acompanhada da palavra inferno.
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela”. (Mt 16.18).
Onde o reino de Deus se manifesta, as obras
do diabo são desfeitas. Dessa forma, pregar o Evangelho do reino é declarar que
o reino de Deus é chegado sobre a terra. O Evangelho do reino é para confrontar
o inferno e os poderes das trevas.
Para isto se manifestou o Filho de Deus: para
destruir as obras do diabo. (1Jo 3.8)
Quando o Senhor disse que as portas do
inferno não resistiriam, Ele estava afirmando que nós somos a força de ataque e
o inferno todo está na defensiva.
O fato de a porta do inferno não resistir significa
que somos nós que estamos batendo contra ela e em algum momento ela vai ruir.
Essa percepção é importante porque muda
radicalmente a nossa atitude. Não precisamos ficar acuados dentro do prédio da
igreja com receio dos ataques do maligno; antes, nós é que devemos sair para
conquistar, alargando as fronteiras do reino de Deus. Nós fazemos batalha
espiritual pregando o Evangelho do reino e está claro que o Evangelho do reino
inclui expulsar demônios e curar enfermos porque as próprias enfermidades são obra
do maligno.
Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o
Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e
curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. (At 10.38)
A era em que vivemos é chamada Era da Igreja
e Era da Graça. A vontade de Deus é que a igreja avance contra as portas do
inferno, amarrando o valente e lhe saqueando a casa. Por isso não há como
pregarmos o Evangelho do reino sem fazermos batalha espiritual. Para que a
soberania do novo Rei se manifeste, Satanás e seus poderes devem ser expulsos.
A proclamação de um Evangelho incompleto pode
ser ineficaz para produzir resultados ou, no mínimo, produzirá como resultado,
crentes fracos cuja fé está baseada em sabedoria humana. O Apóstolo Paulo disse
que a sua pregação não consistia em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em
demonstração do Espírito e de poder, para que a nossa fé não se apoiasse em
sabedoria humana, e sim no poder de Deus (1Co 2.4-5).
Não estou dizendo que não precisamos
persuadir os homens para que creiam no Evangelho. Na verdade vemos que o
Apóstolo Paulo também fazia isso. O que estou dizendo é que não podemos pregar
o Evangelho desprezando a necessidade de manifestar o poder do Espírito
principalmente expulsando demônios e curando enfermos. O Evangelho do reino
consiste principalmente em expulsar demônios e curar enfermos.
A vitória do Reino do Senhor Jesus Cristo é
certa. Quando pregamos o Evangelho, estamos envolvidos em um encontro de
poderes espirituais. Uma analogia que pode nos ajudar a entender isso pode ser
vista na natureza. Quando ventos frios se encontram com ventos quentes, o
resultado é violência: trovões e raios, chuva, neve e até tornados e furacões
se formam. Há um conflito, e o resultado é a liberação de poder. O princípio é
simples: se não há conflito, então também não há liberação de poder.
O poder vem quando colidimos em um confronto
espiritual com o império das trevas. O poder do Espírito já nos foi dado, mas a
liberação desse poder acontece no momento do conflito, da batalha espiritual. A
verdadeira batalha espiritual acontece quando invadimos o espaço do inimigo,
colocamos ali a nossa bandeira e declaramos a liberdade daqueles que estão
oprimidos.
O momento máximo do conflito espiritual
aconteceu no Calvário. No dia da crucificação, a eterna redenção foi feita por
nós. Na cruz nossos pecados foram perdoados, e a carne, o diabo e esse mundo
foram derrotados. Um grande poder foi liberado naquele dia. Toda a criação foi
abalada: a terra tremeu, as rochas se partiram, o sol se escureceu e a cortina
do templo se rasgou de alto a baixo. Até as sepulturas foram abertas e muitos
santos ressuscitaram (Mt 27.52). A vida foi liberada pela morte de Cristo e
toda a criação estremeceu. O Senhor já conquistou a vitória, mas hoje ainda precisamos
aplicar essa vitória na pregação do Evangelho. Satanás já está derrotado, mas a
consumação da vitória somente virá na manifestação do reino, no final desta
era.
Uma ilustração dessa situação pode ser vista
na Segunda Guerra Mundial. Todos os historiadores concordam que a vitória dos
aliados foi assegurada na invasão da Normandia, que ficou conhecida como Dia D
(6 de junho de 1944). Todavia, demorou ainda onze meses até que o inimigo se
rendesse e a guerra fosse encerrada (8 de maio de 1945). Durante esse tempo,
milhares de soldados ainda morreram em batalha. A derrota já estava decretada,
mas a manifestação da vitória ainda não havia chegado.
Hoje nós somos soldados do exército de
Cristo. O Dia D já aconteceu no dia da ressurreição, quando a vitória foi
conquistada. Mas a consumação da nossa vitória ainda está por vir, então
enquanto isso nós pelejamos contra o inferno para declarar a vitória de Cristo.
Mas em breve o Senhor esmagará a Satanás debaixo de nossos pés (Rm 16.20).
Precisamos cooperar com Deus para apressarmos
o fim. Fazemos isso orando para que venha o reino e pregando o Evangelho do
reino, que inclui a expulsão de demônios e a cura de enfermos.
Fortalecendo a alma dos discípulos,
exortando-os a permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas
tribulações, nos importa entrar no reino de Deus. (At 14.22)
Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em
grande número ao encontro de Paulo na sua própria residência. Então, desde a
manhã até à tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus,
procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés como
pelos profetas. (At 28.23)
Precisamos pregar o mesmo Evangelho que os
apóstolos pregaram. Hoje só há um Evangelho que é relevante para o nosso tempo:
o Evangelho do reino.
Precisamos cooperar com Deus para introduzir
a próxima era e fazemos isso pregando o Evangelho do reino. Nós nos tornaremos
obreiros mais efetivos nas mãos de Deus se sempre tivermos em vista o reino de
Cristo. Lembre-se que a pregação do Evangelho é para apressar a vinda do reino.
Deus deseja que o fim chegue. Mas se nós falharmos em trabalhar na pregação do
Evangelho do reino e em desejarmos que seu reino venha, Ele adiará a chegada do
reino. Mas quando nós repudiarmos realmente a presente era e ansiarmos pela
vinda do reino, o Senhor se levantará e agirá.
Não pense que o fim vem automaticamente. Se
não desejarmos a vontade de Deus, ela será retardada.
A oração profética para a vinda do Reino do
Senhor deve ser realizada todos os dias, até a volta do Senhor, O Rei da
Glória.
Aqui nós temos um grande princípio
espiritual: sempre que o Senhor tem o propósito de fazer algo, Ele primeiro
chama os Seus discípulos para orar sobre isso. Somente depois de ter orado ao
Senhor da seara, é que Ele envia os trabalhadores.
Deus quer mandar trabalhadores, mas ele
espera até que oremos. A oração é o trilho por onde a vontade de Deus deve
correr. O princípio é simples: nós oramos pelo que Deus quer e então Deus envia
a quem ora. Quando Deus nos leva a orar por algo ele está, na verdade, nos
levando a desejar aquela mesma coisa.
Devemos anunciar o Evangelho a todos que não
conhecem a palavra de Deus, independente de raça, sexo, cor, credo religioso,
classe social ou poder econômico, porque o Senhor Deus não faz acepção de
pessoas. È aconselhável também, se disponibilizar aos discipulados para
ensiná-los nas suas residências, agendando previamente horário e datas, e
fazê-los acompanhar os ensinamentos na Bíblia.
E não tenham receio de pregar a verdade (João
8.32), porque na palavra de Deus não há censura, você pode pregar a Bíblia toda
e em todo lugar, o que precisamos é buscar no Senhor a sabedoria para anunciar
a sua verdade com exatidão, como também não se deixar vencer por aqueles que
possuem sabedoria material, evitando sempre contenda com esses, a qual Deus
abomina.
É indispensável estar preparado
espiritualmente, porque aparecerão muitas situações atípicas e o servo de Deus
não poderá ser surpreendido, sem que lhes dê uma resposta coerente. Muitos lhes
pedirão aconselhamento, oração para enfermos, farão perguntas sobre a Palavra,
e o Apocalipse. Mas não se preocupem, o Espírito de Deus falara em vossa boca.
O PACTO
DE LAUSANNE
Lausanne, na Suíça, é o lugar em que ocorreu
o Congresso Internacional em 1974, no qual líderes cristãos de 150 países
compareceram, e daí surgiu o Lausanne Committee for World Evangelization
(Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial).
O Pacto de Lausanne é considerado um dos
documentos de missão mais importantes do século XX para os evangélicos.
Convocado sob a liderança do Pr. Billy Graham, o I Congresso Internacional de
Evangelização Mundial reuniu mais de 2.700 líderes de 150 países na cidade de
Lausanne, Suíça, em 1974. Nesse congresso foi estabelecido um pacto que foi
assinado por 2.300 evangélicos, comprometendo-se a ir mais a fundo no
compromisso com a evangelização mundial. Desde então o pacto tem sido uma
referência para igrejas e missões.
O Pacto inclui quinze artigos que lidam com
assuntos importantes como a autoridade das Escrituras, a natureza do
evangelismo, responsabilidade social cristã, a urgência da evangelização
mundial, fé e cultura, e a natureza do conflito espiritual.
“Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo,
procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de
Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e
regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e
uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em
nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e desafiados pela
tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o Evangelho são as boas
novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimos a obedecer ao
mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de
todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução,
e tomar público o nosso pacto”.
1. O Propósito de Deus .
Afirmamos a nossa crença no único Deus
eterno, Criador e Senhor do mundo, Pai, Filho e Espírito Santo, que governa
todas as coisas segundo o propósito da sua vontade. Ele tem chamado do mundo um
povo para si, enviando-o novamente ao mundo como seus servos e testemunhas,
para estender o seu reino, edificar o corpo de Cristo, e também para a glória
do seu nome. Confessamos, envergonhados, que muitas vezes negamos o nosso
chamado e falhamos em nossa missão, em razão de nos termos conformado ao mundo
ou nos termos isolado demasiadamente. Contudo, regozijamo-nos com o fato de
que, mesmo transportado em vasos de barro, o Evangelho continua sendo um
tesouro precioso. À tarefa de tornar esse tesouro conhecido, no poder do
Espírito Santo, desejamos dedicar-nos novamente.
2. A Autoridade e o Poder da Bíblia
Afirmamos a inspiração divina, a veracidade e
autoridade das Escrituras tanto do Velho como do Novo Testamento, em sua
totalidade, como única Palavra de Deus escrita, sem erro em tudo o que ela
afirma, e a única regra infalível de fé e prática. Também afirmamos o poder da
Palavra de Deus para cumprir o seu propósito de salvação. A mensagem da Bíblia
destina-se a toda a humanidade, pois a revelação de Deus em Cristo e na
Escritura é imutável. Através dela o Espírito Santo fala ainda hoje. Ele
ilumina as mentes do povo de Deus em toda cultura, de modo a perceberem a sua
verdade, de maneira sempre nova, com os próprios olhos, e assim revela a toda a
igreja uma porção cada vez maior da multiforme sabedoria de Deus.
3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo
Afirmamos que há um só Salvador e um só
Evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra
de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de
Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal
conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a
verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do Evangelho, todo e
qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que
Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus
Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se ofereceu a si mesmo como
único resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e os homens. Não
existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens
estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando
que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam
Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus.
Proclamar Jesus como “o Salvador do mundo” não é afirmar que todos os homens,
automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as
religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de
Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele
como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé.
Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que
todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.
4. A Natureza da Evangelização
Evangelizar é difundir as boas novas de que
Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e
de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom
libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença
cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele
tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender.
Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e
histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a
ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do
Evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda
convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz
e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização
incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço
responsável no mundo.
5. A Responsabilidade Social Cristã
Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de
todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e
pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de
todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda
pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou
idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e
servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e
de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social
mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja
reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação
política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sociopolítico
são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões
de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo
e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma
mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação,
e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam.
Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar
não só evidenciar, mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo
injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na
totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é
morta.
6. A Igreja e a Evangelização
Afirmamos que Cristo envia o seu povo
redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração
de igual modo profunda e sacrifical. Precisamos deixar os nossos guetos
eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço
sacrifical da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer
que a igreja inteira leve o Evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o
ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele
promoveu para difundir o Evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve ela
própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a
evangelização quando trai o Evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus,
um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as
coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo
de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer
cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com
ideologias humanas.
7. Cooperação na Evangelização
Afirmamos que é propósito de Deus haver na
igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização
também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso
testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso Evangelho de
reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode
tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós,
que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na
comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso
testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e
desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade
mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para
que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para
maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o
encorajamento mútuo e para o compartilhamento de recursos e de experiências.
8. Esforço Conjugado de Igrejas na
Evangelização
Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova
era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo
rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo
recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade
de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando,
devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto
para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes
do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa
responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço
conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal
da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições
que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de
comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no
avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem
empenhar-se em constante auto-enxame que as levem a uma avaliação correta de
sua efetividade como parte da missão da igreja.
9. Urgência da Tarefa Evangelística
Mais de dois bilhões e setecentos milhões de
pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem
evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma
reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas
partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo.
Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as
instituições para eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos
não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização
mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país
evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento
da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não
evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os
seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve
ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que
toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas
novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos
chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças
que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como
obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais
generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização
deles.
10. Evangelização e Cultura
O desenvolvimento de estratégias para a
evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus,
o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e
estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser
julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de
sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda,
toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O
Evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas
avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e
insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As
missões muitas vezes têm exportado, juntamente com o Evangelho, uma cultura
estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma
determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de,
humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade
pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar
transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.
11. Educação e Liderança
Confessamos que às vezes temos nos empenhado
em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual,
divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que
algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar
líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos
integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato
nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais
que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de
serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação
teológica, especialmente para líderes eclesiásticos. Em toda nação e em toda
cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos
em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este
treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se
desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões
bíblicos.
12. Conflito Espiritual
Cremos que estamos empenhados num permanente
conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir
a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade
de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas
espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso
inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro
dela em falsos Evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar
de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salvaguardar
o Evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes à aceitação
do mundanismo em nossos atos e ações, ou seja, ao perigo de capitularmos ao
secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem
preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico
como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem
acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o Evangelho, temos
comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas
de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e
até mesmo utilizando-as de forma desonesta. Tudo isto é mundano. A igreja deve
estar no mundo; o mundo não deve estar na igreja.
13. Liberdade e Perseguição
É dever de toda nação, dever que foi
estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em
que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o Evangelho
sem quaisquer interferências. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com
eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a
liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e
com o que vem expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Também
expressamos nossa profunda preocupação com todos os que têm sido injustamente
encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do
seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação
deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a
ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer
fiéis ao Evangelho, seja a que custo for. Nós não nos esquecemos de que Jesus
nos preveniu de que a perseguição é inevitável.
14. O Poder do Espírito Santo
Cremos no poder do Espírito Santo. O pai
enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o
nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão,
é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário,
de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do
Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o
Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito
renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no
poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela
visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em
todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só
então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para
que toda a terra ouça a Sua voz.
15. O Retorno de Cristo
Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e
visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta
promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois
lembramo-nos de que ele disse que o Evangelho deve ser primeiramente pregado a
todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo
até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode
parar esta obra antes do fim. Também nos lembramos da sua advertência de que
falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo.
Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de
que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança
cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse
dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para
sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em
alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.
Conclusão
Portanto, à luz desta nossa fé e resolução,
firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar,
planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com
outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua
glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia! (Lausanne, Suíça, 1974.).
PROPÓSITOS
E NECESSIDADES PARA CUMPRIR
1. O Plano de Deus – Ele tem chamado do mundo
um povo para si, enviando-o novamente ao mundo, para fazer discípulos de todas
as nações. (Mt 25.19; Jo 20.21; At 15.14;)
2. A Autoridade da Bíblia – Como inerrante e
infalível Palavra de Deus, afirmamos o poder das Escrituras Sagradas para
efetuar o propósito de Deus na salvação do homem. (Rm 1.16; 2 Tm 3.16)
3. A Universalidade de Cristo – Afirmamos que
só existe um Salvador e um só Evangelho, embora haja uma variedade de maneiras
de se realizar a obra de evangelização do mundo. (Jo 4.42; At 4.12)
4. A Natureza da Evangelização –
Evangelização em si é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador
e Senhor, com o propósito de persuadir os homens, para que por intermédio Dele
se reconciliem com Deus. (At 20.47; 2 Co 5.11, 20)
5. A Responsabilidade Social Cristã – “A fé
sem obras é morta”, embora a reconciliação do homem com o homem, não signifique
a reconciliação deste com Deus, nem ação social, evangelização, afirmamos que
ambos são parcelas do nosso dever cristão. (Gn 1.26-27; Lc 6.27,35; Tg 2.14-26)
6. A Igreja e a Evangelização – A Igreja ocupa
o ponto central do propósito divino, ela é o instrumento para difusão do
Evangelho. A evangelização mundial requer que a Igreja toda, leve a todo o
mundo, o Evangelho Integral em trabalho mútuo de cooperação (Jo 17.21-23; At
1.8; Gl 6.14; Fp 1.27)
7. A Urgência Missionária – Com mais de dois
terços da humanidade, ainda não eficientemente evangelizada, como Igreja,
sentimo-nos envergonhados da nossa negligência para com tanta gente. Sendo cada
geração responsável pela sua geração, esta é a hora da Igreja orar
fervorosamente, e lançarem programas visando à evangelização total do mundo.
(Jo 4.9; Rm 9.1-3; 10.11-16)
8. As Culturas e a Evangelização – A
evangelização mundial requer o desenvolvimento de estratégias e metodologias
novas e criativas, e a cultura de um povo em parte é boa e em outra parte má,
devido à Queda, por isso deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras,
para que possa ser redimida e transformada para a glória de Deus. ( Mc
7.8,9,13; Rm 2.9-11; 2 Co 4.5)
9. A Educação e a Liderança – Reconhecemos a
grande necessidade de melhorar a educação teológica, especialmente em se
tratando de líderes de igrejas, existindo em todo povo enorme necessidade de
ensino e treinamento para seus pastores e aos leigos nativos. (At 14.21 – 24;
Tt 1.5,9)
10. O Conflito Espiritual – Cremos que
estamos envolvidos em guerra constante contra os principados e potestades do
mal, que buscam destruir a Igreja e malograr sua tarefa de evangelizar o mundo,
semeiam falsas doutrinas e mundanismo em nosso meio. O momento demanda
vigilância e discernimento. (Jo 17.15; Ef 6.10-20; 2 Co 4.3)
11. Liberdade e Perseguição – A liberdade de
praticar e propagar o cristianismo de acordo com a vontade de Deus é um direito
nosso, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas não nos
esquecemos de que Jesus nos advertiu de que a perseguição é inevitável, mas nem
por isso devemos nos intimidar. ( Mt 5.10-12; At 4.16.21)
12. O Poder do Espírito Santo – A
evangelização mundial só se concretizará com uma Igreja cheia do Espírito
Santo, sendo Ele quem convence o homem do pecado. O Espírito Santo tem um
profundo interesse missionário. (Jo 7.37-39; At 1.8; 1 Co 2.4,5)
13. O Retorno de Cristo – A promessa da
segunda vinda de Cristo representa um incentivo a missões. Cremos que o período
intermediário entre sua ascensão e o seu segundo retorno deve ser usado para o
cumprimento da nossa missão como Povo de Deus, a obra missionária não poderá
parar enquanto Ele não vier. (Mc 13.10; 2 Pe 3.13; Ap 7.9).
CONCLUSÃO
Evangelizar as pessoas perdidas é um grande
privilégio. Requer coragem, obediência e fé. É necessário perseverar neste
propósito. Quanto mais se evangeliza, mais vontade há de evangelizar.
O do ganhador de almas deve compreender que
esta tarefa, a mais bela de todas, não se faz sozinho, sem ajuda de Jesus. Para
isto é importante pedir auxilio do alto. Para cada situação é muito importante
ajuda do Espírito Santo. Cada situação é diferente e isto requer muita
sabedoria, e a Bíblia diz quem ganha uma alma é sábio. (Prov.11:30).
Esta mensagem nos faz refletir sobre nossas
atitudes em relação à ordenança que o Senhor Jesus deixou para nós de ir por
todo mundo e levar o Evangelho à todos. a Bíblia diz que uma alma vale mais que
um mundo inteiro, porém, parece que nós não estamos atentando para essa
declaração tão importante.
Deus nos confiou o trabalho de falar do amor
dele, do sacrifício de Jesus na cruz por nós e
da importância da salvação.Quantas pessoas
você já ganhou para Cristo?
Espero que após essa mensagem você reflita e
comece a falar do amor do Senhor Jesus e da salvação ainda mais do que antes.
Seja você também um anunciador das boas novas
e aprenda a levar as almas cativas no mundo para perto de Cristo.
Despertemos, pois é chegado o reino dos céus,
é hora de ganharmos as almas para o Senhor Jesus, pois esta incumbência foi
dada a nós! Despertemos, pois Tudo nos mostra que Cristo já volta. Breve o
Senhor Jesus voltará! Já deste mundo o mar se revolta; Breve Jesus voltará.
Cristão, acorda, Sua vinda é certa: Breve Jesus voltará! Para recebê-Lo estás
bem alerta? Breve Jesus voltará. Crente proclama para os pecadores: Breve Jesus
voltará! Não haverá mais tristezas nem dores: Breve Jesus voltará. Consola o
coração que lhe clama, Breve Jesus voltara! Para Suas bodas o bom Rei nos
chama: Breve o Rei Jesus voltará. Amém.
Tenho crescido em vida e pregado o Evangelho
do reino?
O que tenho feito para crescer em vida e
apressar a volta do Senhor?
“Aconteceu, depois disto, que andava Jesus de
cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o Evangelho do
reino de Deus, e os doze iam com ele.” (Lucas 8:1).
Lembre-se que todo dia é dia para
evangelizarmos. Viva o dia de hoje como se tivesse recebido o SENHOR no dia de
ontem, e que o SENHOR voltará no dia de amanhã.
E você, já falou do Senhor Jesus para alguém
HOJE?
AVALIAÇÃO
PRÁTICA
Este Curso foi destinado a dar um embasamento
teórico sobre o evangelismo, porém, o seu conteúdo é voltado para a sua aplicação
na prática diária.
1-Cada aluno deverá fazer uma síntese deste
estudo, conforme o que foi ministrado e mostrando o que mais lhe falou ao seu
coração.
2-Colocar em prática os ensinos ministrados,
e evangelizar diariamente, a sós e em grupo.
3-Distribuir folhetos, participar de
trabalhos evangelísticos, fazer visitas aos hospitais, presídios e
estabelecimentos de ensino para realizar o evangelismo, sendo monitorado pelo
seu pastor ou líder da sua Igreja.
4-Escrever o seu relatório mensal de
atividades evangelísticas, com o visto do seu Pastor, ou Líder da sua Igreja.
4-Fazer uma redação no máximo com 30(trinta)
linhas, contando o seu testemunho pessoal.
BIBLIOGRAFIA
BÍBLIA SAGRADA, Nova Versão Internacional,
2013.
GEISLER, Norman L.Nix, Wiliam, Uma introdução
geral a Bíblia, Moody, 1968.
DOWNERS, Grove, A história e o cristianismo,
Inter-versity, 1971.
MCDOWELL, Josh, Evidências que exige um
veredicto, 1972, Candeia.
CRUZ, Valberto da & Ramos, Fabiana.
Pequenos Grupos – para a igreja crescer integralmente. Viçosa, MG: Editora
Ultimato, 2007.
GREEN, Michael. Evangelização na Igreja
Primitiva. São Paulo, Editora Vida Nova.2003.
GREENWAY, Roger. Ide e Fazei Discípulos. São
Paulo, SP: Editora Mundo Cristão, 2001.
HESSELGRAVE, David J. Plantando Igrejas. São
Paulo, SP: Editora Vida Nova.
LANDIM, Luciano Paes. Ganhando Almas.
Brasília, DF: Revista Cultura Cristã Dominical, 2º Trimestre de 2006.
COLEMAN Robert, Plano mestre de evangelismo.
São Paulo, SP: Editora Mundo Cristão, 2013.
O AUTOR
Dr. Josué Campos Macedo é Ministro
Evangélico, Apóstolo Presidente da Igreja Comunidade Evangélica Nova Unção, em
Nova Friburgo, Ministério Amor, Saúde e Vida.
Foi chamado por Deus para o Ministério da
Pregação da Palavra de Deus em 05 de Setembro de 1977. E desde esta data, tem
pregado o Evangelho de Cristo no País e no Exterior.
Filho do saudoso Pastor Waldemar Macedo e da
Missionária Florita Campos Macedo. Estudou dois anos de Teologia no Instituto
Bíblico Israel, no Rio de Janeiro, nos anos de 1978 e 1979.
Foi ordenado em 11/11/1989 pelo
Reverendíssimo Pastor Aunir Pereira Carneiro, e Presbitério, na Igreja Batista
Memorial em S. Fidélis, RJ, ao Ministério Pastoral da Pregação da Palavra de
Deus.
Recebeu em 02/12/1989, o grau de Bacharel em
Teologia, no Seminário Teológico Batista Fluminense, depois de quatros anos
letivos de muita dedicação nos estudos, desde 1986.
No ano de 1995 graduou-se em Bacharel em
Psicanálise Clínica pela Academia Brasileira de Psicanálise Clínica e também se
formou em Psicanalista, também pela Escola de Psicanálise do Rio de Janeiro.
Participou de vários Cursos de Extensão
Universitária, tais como Cura de traumas interiores, Biblioterapia, Psicologia
Bíblica, Aconselhamento Clínico Pastoral, Filosofia Cristã, Psicologia Bíblica
e Psicoterapia Metafísica. É Psicanalista e Terapeuta Profissional registrado,
legalmente credenciado.
É Terapeuta Homeopata formado pela
Universidade Federal de Viçosa, MG, desde 2013.
No ano de 2008, recebeu o grau de Mestre em
Teologia e em 2009, recebeu o grau de Doutor em Teologia na área de
concentração em Teologia Sistemática, pela Faculdade Teológica Internacional,
onde defendeu a sua Tese de Doutorado, com o tema: “Vida após a vida.”
Em 1980, ingressou na conceituada Academia de
Bombeiro Militar D. Pedro II, onde Cursou o CFO, Curso de Formação de Oficiais.
No ano de 1994, quando cursava o Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de
Janeiro realizou viagem técnica de estudos, viajando para os E.U.A. Esteve em
New York, Miami, Atlanta e Orlando. Ao final desse Curso em seu TCC, foi o
autor da Monografia: “A criação da Capelania Militar Evangélica no CBMERJ”.
No ano de 1997, foi Professor Instrutor das
Cadeiras: Chefia e Liderança e Psicologia Geral, na Academia de Bombeiro
Militar D. Pedro II.
No ano de 2001, quando cursava Curso de
Superior de Comando da Escola Superior de Comando do Corpo de Bombeiros Militar
do Estado do Rio de Janeiro realizou viagem técnica de estudos, viajando para
os E.U.A. e Austrália. Esteve em Los Angeles e em Sydney. Ao final desse Curso
em seu TCC, foi o autor da Monografia: “A criação da Universidade da Defesa
Civil no CBMERJ”. Nesse mesmo ano concluiu o MBA de Gestão Estratégica nas
Organizações pela UNESA, Universidade Estácio de Sá.
Foi aluno do Colégio Militar do Rio de
Janeiro, de 1973 a 1979, onde serviu ao Exército Brasileiro no Curso de
Formação de Reservistas em 1977, na Arma de Artilharia.
No ano de 2011, foi para a Reserva Remunerada
do Quadro de Oficiais Combatentes, galgando o ultimo Posto na Carreira
profissional de Bombeiro Militar, o Posto máximo de Coronel.
Mesmo aposentado, em sua carreira militar,
continua seus estudos, pesquisas e atualizações culturais de aprimoramento
técnico.
É pesquisador e escritor, conferencista,
palestrante, já pregou a Palavra de Deus no Exterior (EUA, Austrália) e a tem
ministrado no Brasil.
É o idealizador, apresentador e pregador do
Programa “Alimento Espiritual” na Rádio Caledônia FM, 90.1, onde também tem
realizado entrevistas sobre assuntos diversos.
É membro do Conselho Internacional de
Teólogos e da Ordem de Ministros Evangélicos no Brasil e no Exterior.
Em 27 de Maio de 2012 na Igreja Evangélica
Pentecostal Palavra Viva em Visconde do Rio Branco, MG, recebeu a ordenação
episcopal, pelo Presbitério, sendo ordenado a Bispo para o exercício do Ministério Episcopal
Eclesiástico Nacional e Internacional.
Em 07 de Dezembro de 2013, recebeu a
ordenação pelo Presbitério, para o Ministério Apostólico Cristão, sendo honradamente ordenado
a Apóstolo Cristão Evangélico para apascentar, liderar e administrar outros
Apóstolos, Bispos, Pastores, Ministérios, Igrejas e organizações eclesiásticas
no País e no Exterior, dando-lhes orientação e cobertura espiritual.
O Apóstolo agradece sempre ao Senhor Deus por
tantas vitórias alcançadas e pelas que ainda virão, e pelo apoio de sua Família
e de sua Igreja. Ao Senhor Deus do Universo, toda a honra, glória e louvor para
todo sempre. Amém!
“Mas graças a Deus que nos dá a vitória por
nosso Senhor JESUS CRISTO.” (1Coríntios 15:57).
Apóstolo Dr. Josué Campos Macedo
Presidente e Fundador
do Ministério Mundial e Nacional da Igreja
Comunidade Evangélica
Nova Unção em Nova Friburgo, RJ.
www.cenunf.blogspot.com.br
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