Segundo os estudos da tradição cristã, temos o ensino de que a obra do Ministério da pregação pública do nosso Senhor JESUS CRISTO durou três anos e meio, segundo o que explanamos a seguir.
Como bases
bíblicas temos as informações fiéis e concretas que:
1-O SENHOR foi
batizado (mergulhado) no Rio Jordão pelo Seu Precursor João Batista, quando
tinha a idade de trinta anos, iniciando assim, Seu Ministério após o Seu
Batismo. Lucas 3:23.
2-É de relevante
importância o testemunho escrito do Evangelista João, o qual menciona em seu
Evangelho com precisão as 3 Festas da Páscoa, ou seja, 3 Páscoas em conexão com
o Ministério do Senhor JESUS CRISTO, ou seja, cada Festa da Páscoa comemorada
em cada ano cronológico e consecutivo:
a-“Estando
próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém... Estando Ele em
Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que Ele fazia,
creram no Seu nome.” João 2:13 e 23.
b-“Ora, a Páscoa,
festa dos judeus, estava próxima.” João 6:4.
c-“Estava próxima
a Páscoa dos judeus; e muitos daquela região subiram para Jerusalém antes
da Páscoa, para se purificarem... Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus
para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos...
Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a Sua hora de
passar deste mundo para o Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo,
amou-os até ao fim.” João 11:55; 12:1; e 13:1.
Verificamos
também em também João 18:28 e 39.
Por inferência
no contexto bíblico, encontramos o relato da “festa dos judeus” mencionada em
João 5:1, também uma alusão à Páscoa.
3-Outro relato
surpreendente está na profecia das Setenta Semanas de Anos do Profeta Daniel, em seu Livro,
Daniel 9:25-27, fixando a morte do Messias na sexagésima nona semana, "Será cortado o Messias". (Daniel 9:26).
Ou seja, uma
semana de anos, e ao meio do transcorrer dela o Messias seria morto (cortado entre os viventes), isto é, em três anos e
meio.
Portanto, deduzimos que esta
profecia possivelmente já estabelecia a duração do Ministério do nosso Senhor JESUS de três anos e meio, mas de modo primordial, com o apoio das alusivas informações exaradas do Novo
Testamento, as quais corroboram esse entendimento.
São, portanto,
quatro as Páscoas, comemoradas pelos judeus no mês de Nisã (entre os meses de Março e Abril,
em nosso Calendário), relacionadas ao Ministério do nosso Senhor e Salvador
JESUS CRISTO, sendo a última a de Sua horrível crucifixão, em cumprimento a
todas as profecias ao Seu respeito.
A Festa da
Páscoa, a primeira das grandes Festas judaicas mencionadas na Bíblia, é
observada e comemorada pelos judeus mais do que qualquer outra Festa do
calendário judaico. Não é difícil de explicar por que os judeus se sentem
atraídos pela Páscoa, pois as raízes da Festa, na história judaica, são
profundas.
A Páscoa celebra
a saída dos filhos de Israel da servidão egípcia. A Páscoa, no hebraico Pesah,
junto com a Festa das Semanas, Chag há-Shavuót, e a Festa dos Tabernáculos ou
Cabanas, Chag há-Sucót, é uma das três Grandes Festas ordenadas na Bíblia
(Deuteronômio 16:1-17).
Originalmente, a
Páscoa era dividida em duas Festas. Uma era a Festa Agrícola chamada Festa do
Pão Sem Fermento, heb. Chag há-Matsót; a outra era uma Festa pastoral chamada
Festa do Cordeiro Pascal, heb. Chag há-Pesah.
Ambos os feriados
se desenvolviam independentemente na época da primavera, durante o mês de Nisã
(Março/Abril).
A Festa do
Cordeiro Pascal é a Festa mais antiga das duas.
Nos tempos em que
a maioria dos judeus ainda era formada de pastores nômades no deserto, as
famílias judaicas comemoravam a chegada da primavera oferecendo o sacrifício de
um animal.
Neste ponto da
Bíblia Moisés pede a Faraó que deixe os filhos de Israel irem até o deserto
para celebrarem uma Festa ao SENHOR (Yahweh) (Êxodo 5:1). Este episódio
aconteceu o efetivo Êxodo dos judeus do Egito.
A Festa do Pão
Asmo era uma Festa Agrícola primaveril separada na qual os camponeses judeus de
Israel celebravam começo da colheita de grãos. Antes de cortar os grãos, eles
separavam toda a massa azedada (a massa fermentada era usada, em vez de
levedura, para levedar o pão).
Com o tempo,
estas duas Festas da primavera ficaram associadas com o outro evento ocorrido
na primavera: O Êxodo do Egito.
A Bíblia
apresenta estas celebrações de primavera da seguinte forma:
I-A Festa do
Cordeiro Pascal, tornou-se identificada com os acontecimentos do Egito, quando
Jeová "passou por cima" das casas dos Filhos de Israel, poupando-os
da décima praga, «a morte do primogênito de cada família egípcia" (Êxodo
12.25-27).
II-A Festa do Pão
Asmo (sem fermento), conhecida antes da experiência judaica no Egito, foi
ligada à repentina saída dos Filhos de Israel do Egito, quando "levou o
povo a sua massa antes que estivesse levedada." (Êxodo 12.34; 23.15).
Estas duas Festas
que eram celebradas antes do Êxodo, portanto, adquiriram na saída dos Filhos de
Israel do Egito, uma significação religiosa totalmente nova; exprimem a
salvação trazida ao povo de Israel pelo SENHOR (Yahweh Deus), como explica a
instrução que acompanha a Festa (Êxodo 12.25-27; 13.8).
João Batista, o
Precursor do nosso sublime Redentor, confirmou que o SENHOR é o cordeiro de
DEUS, que tira o pecado do mundo, em João 1:29.
O Apóstolo Paulo
nos confirma que O SENHOR é a nossa Páscoa, ou seja, o cordeiro pascal que foi
sacrificado por nós, em nosso lugar. 1Coríntios 5:7.
"Porque o
amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos,
logo todos morreram.
E ele morreu por
todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por
eles morreu e ressuscitou." 2 Coríntios 5:14-15
Apesar de não
termos literalmente nenhuma passagem bíblica que fala que o Senhor JESUS CRISTO
tinha trinta e três anos quando morreu, entregando a Sua vida para nos salvar,
temos elementos registrados nos evangelhos que conduzem a este número.
Para chegarmos a
esta idade se somam dois fatores que vem de duas fontes distintas.
O primeiro
encontramos nos sinóticos, exatamente no Evangelho de Lucas, onde se diz que o
Senhor JESUS CRISTO tinha aproximadamente 30 anos quando começou a vida pública
(Lucas 3:23).
O segundo
elemento para o nosso cálculo vem da narração do Evangelista João em seu
Evangelho, onde aparecem a menção das quatro Festas da Páscoa, que eram
celebradas uma vez por ano (2:13-23; 5:1; 6:4, e a última, quando O Senhor
JESUS morreu crucificado, entregando a Sua vida por amor).
Estes importantes
fatos nos indicam que o período do Ministério do SENHOR foi de três anos,
e seis meses, tendo também o cumprimento exato da profecia do profeta Daniel
O número trinta e
três, portanto, é o resultado da soma da indicação dos relatos do Evangelista
Lucas com as Festas da Páscoa de relatadas pelo Evangelista João.
Pesquisa
realizada pelo Apóstolo Dr. Josué Campos Macedo
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