quarta-feira, 25 de março de 2015

O TEMPO DO MINISTÉRIO TERRENO DO NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO


        Segundo os estudos da tradição cristã, temos o ensino de que a obra do Ministério da pregação pública do nosso Senhor JESUS CRISTO durou três anos e meio, segundo o que explanamos a seguir.
        Como bases bíblicas temos as informações fiéis e concretas que:
        1-O SENHOR foi batizado (mergulhado) no Rio Jordão pelo Seu Precursor João Batista, quando tinha a idade de trinta anos, iniciando assim, Seu Ministério após o Seu Batismo. Lucas 3:23.
        2-É de relevante importância o testemunho escrito do Evangelista João, o qual menciona em seu Evangelho com precisão as 3 Festas da Páscoa, ou seja, 3 Páscoas em conexão com o Ministério do Senhor JESUS CRISTO, ou seja, cada Festa da Páscoa comemorada em cada ano cronológico e consecutivo:
        a-“Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém... Estando Ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que Ele fazia, creram no Seu nome.” João 2:13 e 23.
        b-“Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima.” João 6:4.
        c-“Estava próxima a Páscoa dos judeus; e muitos daquela região subiram para Jerusalém antes da Páscoa, para se purificarem... Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos... Ora, antes da Festa da Páscoa, sabendo Jesus que era chegada a Sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.” João 11:55; 12:1; e 13:1.
        Verificamos também em também João 18:28 e 39.
        Por inferência no contexto bíblico, encontramos o relato da “festa dos judeus” mencionada em João 5:1, também uma alusão à Páscoa.
        3-Outro relato surpreendente está na  profecia das Setenta Semanas de Anos do Profeta Daniel, em seu Livro,  Daniel 9:25-27, fixando a morte do Messias na sexagésima nona semana, "Será cortado o Messias". (Daniel 9:26).
        Ou seja, uma semana de anos, e ao meio do transcorrer dela o Messias seria morto (cortado entre os viventes), isto é, em três anos e meio.
        Portanto, deduzimos que esta profecia possivelmente já estabelecia a duração do Ministério do nosso Senhor JESUS de três anos e meio, mas de modo primordial, com o apoio das alusivas informações exaradas do Novo Testamento, as quais corroboram esse entendimento.
        São, portanto, quatro as Páscoas, comemoradas pelos judeus no mês de Nisã (entre os meses de Março e Abril, em nosso Calendário), relacionadas ao Ministério do nosso Senhor e Salvador JESUS CRISTO, sendo a última a de Sua horrível crucifixão, em cumprimento a todas as profecias ao Seu respeito.
        A Festa da Páscoa, a primeira das grandes Festas judaicas mencionadas na Bíblia, é observada e comemorada pelos judeus mais do que qualquer outra Festa do calendário judaico. Não é difícil de explicar por que os judeus se sentem atraídos pela Páscoa, pois as raízes da Festa, na história judaica, são profundas.
        A Páscoa celebra a saída dos filhos de Israel da servidão egípcia. A Páscoa, no hebraico Pesah, junto com a Festa das Semanas, Chag há-Shavuót, e a Festa dos Tabernáculos ou Cabanas, Chag há-Sucót, é uma das três Grandes Festas ordenadas na Bíblia (Deuteronômio 16:1-17).
        Originalmente, a Páscoa era dividida em duas Festas. Uma era a Festa Agrícola chamada Festa do Pão Sem Fermento, heb. Chag há-Matsót; a outra era uma Festa pastoral chamada Festa do Cordeiro Pascal, heb. Chag há-Pesah.
        Ambos os feriados se desenvolviam independentemente na época da primavera, durante o mês de Nisã (Março/Abril).
        A Festa do Cordeiro Pascal   é a Festa mais antiga das duas.
        Nos tempos em que a maioria dos judeus ainda era formada de pastores nômades no deserto, as famílias judaicas comemoravam a chegada da primavera oferecendo o sacrifício de um animal.
        Neste ponto da Bíblia Moisés pede a Faraó que deixe os filhos de Israel irem até o deserto para celebrarem uma Festa ao SENHOR (Yahweh) (Êxodo 5:1). Este episódio aconteceu o efetivo Êxodo dos judeus do Egito.
        A Festa do Pão Asmo era uma Festa Agrícola primaveril separada na qual os camponeses judeus de Israel celebravam começo da colheita de grãos. Antes de cortar os grãos, eles separavam toda a massa azedada (a massa fermentada era usada, em vez de levedura, para levedar o pão).
        Com o tempo, estas duas Festas da primavera ficaram associadas com o outro evento ocorrido na primavera: O Êxodo do Egito.
        A Bíblia apresenta estas celebrações de primavera da seguinte forma:
        I-A Festa do Cordeiro Pascal, tornou-se identificada com os acontecimentos do Egito, quando Jeová "passou por cima" das casas dos Filhos de Israel, poupando-os da décima praga, «a morte do primogênito de cada família egípcia" (Êxodo 12.25-27).
        II-A Festa do Pão Asmo (sem fermento), conhecida antes da experiência judaica no Egito, foi ligada à repentina saída dos Filhos de Israel do Egito, quando "levou o povo a sua massa antes que estivesse levedada." (Êxodo 12.34; 23.15).
        Estas duas Festas que eram celebradas antes do Êxodo, portanto, adquiriram na saída dos Filhos de Israel do Egito, uma significação religiosa totalmente nova; exprimem a salvação trazida ao povo de Israel pelo SENHOR (Yahweh Deus), como explica a instrução que acompanha a Festa (Êxodo 12.25-27; 13.8).
        João Batista, o Precursor do nosso sublime Redentor, confirmou que o SENHOR é o cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo, em João 1:29.
        O Apóstolo Paulo nos confirma que O SENHOR é a nossa Páscoa, ou seja, o cordeiro pascal que foi sacrificado por nós, em nosso lugar. 1Coríntios 5:7.
        "Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram.
        E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou." 2 Coríntios 5:14-15
        Apesar de não termos literalmente nenhuma passagem bíblica que fala que o Senhor JESUS CRISTO tinha trinta e três anos quando morreu, entregando a Sua vida para nos salvar,  temos elementos registrados nos evangelhos que conduzem a este número.
        Para chegarmos a esta idade se somam dois fatores que vem de duas fontes distintas.
        O primeiro encontramos nos sinóticos, exatamente no Evangelho de Lucas, onde se diz que o Senhor JESUS CRISTO tinha aproximadamente 30 anos quando começou a vida pública (Lucas 3:23).
        O segundo elemento para o nosso cálculo vem da narração do Evangelista João em seu Evangelho, onde aparecem a menção das quatro Festas da Páscoa, que eram celebradas uma vez por ano (2:13-23; 5:1; 6:4, e a última, quando O Senhor JESUS  morreu crucificado, entregando a Sua vida por amor).
        Estes importantes fatos nos indicam que o período do Ministério do SENHOR foi de três  anos, e seis meses, tendo também o cumprimento exato da profecia do profeta Daniel
        O número trinta e três, portanto, é o resultado da soma da indicação dos relatos do Evangelista Lucas com as Festas da Páscoa de relatadas pelo Evangelista João.

        Pesquisa realizada pelo Apóstolo Dr. Josué Campos Macedo


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